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Tumores associados a epilepsia de longa duração: o que há de novo?

Resumo

Tumores associados a epilepsia de longa duração constituem uma série de neoplasias asatrocitárias ou glioneuronais que comumente incidem em crianças, adolescentes e jovens adultos e que são histologicamente benignos (OMS grau 1), de localização neocortical e predominantemente situados nos lobos temporais. Clinicamente, a epilepsia crônica refratária é, de modo geral, o único sintoma. Gangliogliomas (GG) e tumores neuroepiteliais disembrioplásticos (DNT) são as entidades mais representativas associadas a astrocitomas pilocíticos (AP) e gliomas angiocêntricos (GA). Estudos moleculares recentes permitiram a definição de novas entidades clínico-patológicas reconhecidas pela classificação de tumores cerebrais da OMS 2021. Algumas delas, como o astrocitoma difuso MIB ou MIBL1 alterados, o tumor neuroepitelial polimorfo do jovem (PLNTY) e o tumor neuronal multilocular e vacuolizado (MVNT) são atualmente considerados tumores associados a epilepsia de longa duração. A relação entre este grupo de tumores e epilepsia é ainda debatida e há um consenso geral sobre o benefício prognóstico de intervenção cirúrgica precoce.

Palavras-chave
Epilepsia; Neoplasias Encefálicas; Astrocitoma; Neoplasias Neuroepiteliomatosas

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