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Epilepsia refrataria a barbitúricos: esquema seguro para substituição de terapêutica

Barbitúricos são considerados tratamento anti-epiléptico de primeira escolha em países do terceiro mundo devido a razões econômicas e tradicionais. Este estudo prospectivo e não-controlado de 52 pacientes com idades entre 15 e 64 anos (média de 24) demonstra que pacientes que se tornam refratários a barbitúricos são principalmente aqueles com crises parciais com ou sem generalização secundária ou com uma anormalidade focal no eletrencefalograma (71%). As crises parecem se tornar retratarias aproximadamente 6 anos após o início do tratamento com barbitúricos. Retirada progressiva em um período de dois a 8 meses (média de 5) com início de tratamento com carbamazepina, difenil-hidantoína ou valproato de sódio permitiu retirada completa dos barbitúricos em 42 dos 52 pacientes (81%). Além disso a frequência mensal de crises naqueles de quem barbitúricos foram retirados diminuiu de 7,1 para 1,7 por paciente. Melhora no estado mental foi observada, porém não medida. Estes resultados indicam que barbitúricos não deveriam ser drogas de primeira escolha em pacientes com doença crônica tal como epilepsia, e indicam uma forma de retirada de barbitúricos que é segura e independente de hospitalização ou de monitorização de níveis séricos de drogas anti-epilépticas.


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