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Análise do giro para-hipocampal em pacientes com esclerose hipocampal: estudo de 115 casos

OBJETIVO: Analisar o envolvimento do giro para-hipocampal (GPH) em 115 pacientes com esclerose hipocampal (EH) à RM. Estudou-se a porcentagem dos casos com redução volumétrica do fórnix (F) e corpo mamilar (CM) ipsilaterais, lado acometido, sexo, idade e tempo de convulsão. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 115 casos retirados do nosso arquivo. Foram realizados cortes coronais STIR (3mm de espessura com 0,6mm de espaçamento) em aparelhos GE, Signa Horizon, LX e CVI, 1,5T. RESULTADOS: Nos 115 casos estudados, a idade dos pacientes variava entre 3,5 e 80 anos (média 34,1 anos); 62(53,9%) eram mulheres e 53(46,1%) eram homens; 53(46,0%) à esquerda, 51(44,3%) à direita e 11(9,7%) bilaterais; 43(37,3%) apresentavam GPH com dimensões reduzidas e hipersinal ipsilateral, 29(25,2%) fornix reduzido ipsilateralmente e destes, 10(34,5%) tinham CM alterado ipsilateral. Dos GPH alterados, 23(53,4%) à esquerda e 3(7,1%) bilaterais; 15(34,8%) redução de volume CAF e 5(11,6%) no CM. Sabíamos o tempo de crises de 18(41,8%) pacientes com alteração do GPH e destes, 11(61,1%) apresentavam crises há mais de 20 anos. CONCLUSÃO: Concluímos que o radiologista deve estar ciente do envolvimento do GPH nos pacientes com esclerose do lobo temporal e sugerimos que o termo esclerose mesial temporal deva somente ser utilizado na presença de alterações do mesmo.

esclerose hipocampal; epilepsia; ressonância magnética; giro para-hipocampal


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