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Plasmaferese como método preparatório de timectomia em miastenia grave

No intuito de estudar as repercussões de um curso de plasmaferese como método preparatório para a timectomia, tomamos duas amostras de 40 pacientes selecionados de um universo de 286 casos de miastenia gravis, em que a investigação clínica, eletrofisiológica, laboratorial, o seguimento e o protocolo foram completamente realizados. Consideramos como grupo 1 aquele em que a timectomia foi realizada sem preparação pre-operatória e grupo 2 aquele em que a plasmaferese foi executada como coadjuvante a timectomia. O grupo 1 era composto de 15 pacientes do sexo masculino e 25 do feminino; a idade variou de 8 a 64 anos com mediana de 30 anos. No segundo grupo, 17 eram masculinos e 23 femininos; a idade variou de 11 a 61 anos com mediana de 33 anos. Foi preenchida ficha de avaliação clínica sequencial de 76 itens e traçamos um curso de plasmaferese de 5 sessões seguido da timectomia, mantendo a mesma técnica operatória, realizada pela mesma equipe cirúrgica, tentando assim minimizar as distorções na análise e manuseio destes pacientes. Obtivemos melhora clínica, da insuficiência respiratória, da força muscular e reduzimos também o custo da internação quando comparada aos pacientes em que a cirurgia foi realizada sem a plasmaferese e em alguns casos em que realizamos preparação com corticosteróides. Acreditamos que a plasmaferese deva ser considerada como método coadjuvante no tratamento cirúrgico desta grave afecção.

miastenia gravis; timectomia; plasmaferese


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