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Aumento pré-menstrual de crises epilépticas: importância da idade, duração da doença, frequência das crises, queixa prévia de piora perimenstrual das crises, resultado do CT e do EEG

Selecionamos prospectivamente 80 mulheres epilépticas, sem aparente distúrbio comportamental ou retardo mental, na menacme, com crises epilépticas não completamente controladas. Foram submetidas a 4 EEGs com intervalos semanais. CT-scan de crânio foi realizado em 57 pacientes (71,25%). Sete pacientes foram excluídas por não apresentarem crises ou menstruações, ou por colaboração insatisfatória. Foram registradas 5630 crises epilépticas em 579 ciclos menstruais regulares durante 30 meses. RESULTADOS: - houve maior incidência de crises epilépticas no período peri-menstrual: - a idade não influenciou na distribuição de crises durante o ciclo menstrual no grupo estudado; - pacientes com 11 ou mais anos de doença mostraram maior tendência a crises no período pré-menstrual que pacientes com 10 ou menos anos de_ doença; - não houve relação entre a freqüência das crises e a ocorrência de crises pré-menstruais; - a negativa da referência prévia de piora peri-menstrual pela paciente não mostrou ser dado relevante; - pacientes cujos CT scan foram anormais tiveram tendência a ter crises no período pré-menstrual; - pacientes com EEGs anormais tiveram mais crises no período pré-menstrual quando comparadas às pacientes com EEGs normais. Nossos achados sugerem que os hormônios sexuais femininos modifiquem a excitabilidade cortical, particularmente quando há prévio comprometimento estrutural evidenciado pelo CT-scan ou disfunção elétrica cerebral, pelo EEG.


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