RESUMO
Jean-Martin Charcot (1825-1893), considerado o pai da neurologia moderna, teve sua formação direcionada para a patologia, aprendendo a valorizar achados anatômicos. Entre as principais contribuições de Charcot está o uso do método anatomoclínico aplicado à neurologia. Descrito como frio e impaciente em suas relações interpessoais, Charcot mostrava, no entanto, um grande afeto pelos animais. Ele tinha dois cachorros em sua residência, a quem chamou de Carlo e Sigurd, e uma pequena macaca, Rosalie. Apesar de sua fascinação com a neuropatologia e as correlações anatomoclínicas, Charcot foi contra estudos com outras espécies de animais que não humanos, o que pode parecer um paradoxo. Entretanto, seus estudos trouxeram avanços importantes para a Neurologia, uma vez que, antes de suas descobertas, as observações anatômicas dos animais eram extrapoladas para os humanos, levando a erros conceituais.
Palavras-chave:
Neurologia; história; Jean-Martin Charcot