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Comprometimento cognitivo na síndrome pós-COVID-19 aguda: uma revisão de escopo

Resumo

Estudos emergentes indicam a persistência dos sintomas além da fase aguda da COVID-19. O comprometimento cognitivo foi observado em alguns indivíduos durante meses após a infecção. Atualmente, há pouco conhecimento sobre os domínios cognitivos específicos que sofrem alterações durante a síndrome pós-aguda da COVID-19 e o possível impacto da gravidade da doença na cognição. O objetivo desta revisão é examinar estudos que relataram comprometimento cognitivo na COVID-19 pós-aguda, categorizando-os em fases subaguda e crônica. A metodologia proposta pela Joanna Briggs Institute foi seguida neste estudo. Os estudos incluídos foram publicados entre dezembro de 2019 e dezembro de 2022. A busca foi realizada no PubMed, PubMed PMC, BVS – BIREME, Embase, SCOPUS, Cochrane, Web of Science, Proquest, PsycInfo e EBSCOHost. A extração de dados incluiu detalhes específicos sobre a população, os conceitos, o contexto e as principais descobertas ou recomendações relevantes para os objetivos da revisão. Um total de 7.540 registros foi identificado e examinado, e 47 artigos foram incluídos. Os domínios cognitivos mais frequentemente relatados como alterados de 4 a 12 semanas após a COVID-19 aguda foram linguagem, memória episódica e função executiva e, após 12 semanas, os domínios mais afetados foram atenção, memória episódica e função executiva. Os resultados dessa revisão de escopo destacam que adultos com síndrome pós-aguda da COVID-19 podem apresentar comprometimento em domínios cognitivos específicos.

Palavras-chave
Disfunção Cognitiva; Memória Episódica; Atenção; SARS-CoV-2; Síndrome Pós-COVID-19 Aguda

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