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Síndrome de X frágil: estudo clínico e citogenético

Três famílias com a síndrome do X frágil foram estudadas com o objetivo de estabelecer as características clínicas mais frequentes nos indivíduos afetados e nas mulheres heterozigotas. Avaliação clínica, de nível intelectual e citogenética visando a expressão do sítio frágil do cromosssomo X na região Xq27.3 foram empregadas em 40 indivíduos, 20 do sexo masculino e 20 do sexo feminino. Foi confirmado o diagnóstico da síndrome do X frágil em todos os indivíduos do sexo masculino com deficiência mental. Nos indivíduos pós-puberais as características clínicas mais frequentes foram: distância intercantal interna inferior a 3,5 cm, macroorquidia, face estreita e alongada, e palato alto. Nos indivíduos pré-puberais as características de comportamento como hiperatividade e pobre contato ocular foram observadas em todos os pacientes. Vinte e seis por cento das mulheres heterozigotas apresentaram deficiência mental e nestas as características clínicas foram mais importantes. Todos os indivíduos do sexo masculino com deficiência mental apresentaram o cromossomo X frágil [fra(X)] em cultura de linfócitos. Sessenta e três por cento das mulheres demonstraram o fra(X). Houve correlação positiva entre a frequência de fra(X) e as características clínicas. Enfatizamos a importância da avaliação clínica no estudo de deficiência mental familial e na triagem de casos isolados com suspeita da síndrome do X frágil.

síndrome do X frágil; deficiência mental; deficiência mental ligada ao X


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