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Frequência e impacto econômico das crises psicogênicas não epilépticas em pacientes requerentes de aposentadoria por invalidez devido a epilepsia

Resumo

Antecedentes

As crises psicogênicas não epilépticas (CPNE) se assemelham a crises epilépticas, e muitas vezes são diagnosticadas erroneamente como epilepsia.

Objetivo

Investigar a frequência de CPNE e calcular o impacto econômico dos pacientes internados para serem submetidos a monitoramento videoencefalográfico (MVE) para obter um diagnóstico de epilepsia e requerer aposentadoria por invalidez.

Métodos

Este estudo retrospectivo incluiu 134 pacientes que solicitaram laudo médico de incapacidade entre 2013 e 2019, e obtiveram seus diagnósticos definitivos após serem submetidos a MEV. Os pacientes foram divididos em três grupos: epilepsia, CPNE, e epilepsia + CPNE.

Resultados

Após o MEV, 22,4% (n = 30) dos pacientes foram diagnosticados com CPNE, 21,6% (n = 29), com CPNE + epilepsia, e 56%, com epilepsia. A frequência de CPNE entre todos os pacientes foi de 44% (n = 59). Em pacientes somente com CPNE, o custo anual do uso de anticonvulsivantes foi de US$ 160,67 ± 94,04; para os psicoestimulantes, o custo anual foi de US$ 148,3 ± 72,48; e a média do custo direto de procedimentos diagnósticos foi de US$ 582,9 ± 330,0 (variação: 103,52–1601,3).

Conclusões

Embora seja um desafio determinar o custo total qualitativo e quantitativo nesses grupos de pacientes, o diagnóstico precoce e o apoio sociopsicológico reduzirão o impacto financeiro adicional ao sistema de saúde e aumentarão a qualidade de vida dos pacientes.

Palavras-chave
Convulsões Psicogênicas não Epilépticas; Epilepsia; Aposentadoria; Eletroencefalografia; Estresse Financeiro

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