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Hemorragia cerebromeníngea: análise de autópsias em período de 10 anos

Foram analisados 353 pacientes que faleceram por hemorragia subaracnóidea autopsiados nos últimos 10 anos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. A hemorragia subaracnóidea estava associada a hipertensão arterial em 180 casos, a ruptura de aneurismas em 102 e a outras patologias em 71 casos. O sexo masculino predominou nos pacientes com hemorragia associada a hipertensão arterial e o feminino nas hemorragias por ruptura de aneurismas. As hemorragias associadas a hipertensão arterial predominaram em faixas etárias mais altas em relação às hemorragias por aneurismas. Dos pacientes com aneurismas, 36 (35,3%) apresentaram aneurismas no complexo cerebral anterior/comunicante anterior, 30 (29,4%) na carótida interna e 23 (22,5%) na cerebral média. Nos casos de aneurismas, o vasoespasmo predominou no período do 3º ao 10º dia e o ressangramento predominou no período do 9º ao 16º e respectivamente 59,1% e. 61,5% desses pacientes apresentaram-se nos graus I e II na admissão e evoluíram para o grau IV após estas intercorrências. Ambas as intercorrências foram mais freqüentes entre os pacientes com aneurismas do complexo cerebral anterior/comunicante anterior. Sessenta e oito por cento dos óbitos por aneurismas ocorreram nos 9 primeiros dias após a hemorragia. Os pacientes admitidos em grau I e II e que sofreram vasoespasmo ou ressangramento e que poderiam beneficiar-se do tratamento cirúrgico precoce não tiveram esta oportunidade porque a nossa conduta naquela época era de operar sistematicamente no final da segunda ou no início da terceira semana após a hemorragia subaracnóidea.


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