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Qualidade de vida e desempenho ocupacional de pessoas com epilepsia

A epilepsia causa limitações quanto ao desempenho de várias atividades diárias. Este estudo procurou investigar se essas limitações afetam a percepção da qualidade de vida (QV) do sujeito com epilepsia. Foram estudados 34 sujeitos com crises epiléticas não controladas há pelo menos dois anos, para os quais foram aplicadas, dentre outras, as avaliações QOLIE-31 para QV e Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM) para análise das limitações no desempenho ocupacional. Os resultados indicaram que os domínios da QOLIE-31 mais afetados foram preocupação com as crises (29,8±21,7) e efeitos dos medicamentos (49,7±28,6). Em relação à COPM, as médias de desempenho e satisfação foram, respectivamente, 3,10±3,07 e 4,45±3,29, sendo as limitações no desempenho mais frequentes a manutenção do emprego (18), ser capaz de sair de casa sozinho (15) e poder frequentar cursos (15). A aplicação do coeficiente de correlação de Spearman evidenciou que as três principais limitações no desempenho levantadas pela COPM, principalmente em relação ao nível de satisfação, influenciam na percepção da qualidade de vida do sujeito com epilepsia. Dessa forma, o desempenho ocupacional provou ser uma importante área de intervenção com sujeitos epiléticos.

atividades cotidianas; epilepsia; neurologia; terapia ocupacional; qualidade de vida; análise e desempenho de tarefas


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