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A esquizofrenia de início tardio não evolui para demência: acompanhamento de um ano de uma série brasileira de casos

INTRODUÇÃO: Os déficits cognitivos em pacientes com esquizofrenia tardia têm sido relatados como estáveis, embora alguns estudos prospectivos demonstrem que um sub-grupo evolui com declínio cognitivo significativo. Os dados sobre esquizofrenia de início tardio são escassos nos países em desenvolvimento. OBJETIVO: Avaliar o desempenho cognitivo de pacientes brasileiros com esquizofrenia de início tardio ao longo de um ano. MÉTODO: Os pacientes com esquizofrenia de início tardio (n=13) foram avaliados inicialmente e após um ano com o Mini-Exame do Estado Mental (MMSE), o CAMCOG, a Escala de Sintomas Positivos e Negativos, a Escala de Atividades de Vida Diária de Pfeffer (ADL) e o Inventário Neuropsiquiátrico (NPI). RESULTADOS: A cognição e as atividades de vida diária permaneceram estáveis ao longo de um ano [inicial MMSE= 21,31 (4.87) e CAMCOG=80,31 (16,68); final MMSE=20,77 (3,86) e CAMCOG=82,92 (14,42) (Z=-0,831; p=0,40); inicial ADL=4,31 (5,65); final ADL=5,92 (3,86) (Z=-0,831; p=0,40); inicial NPI=13,92 (16,87); final NPI=10,54 (10,69) (Z=-0,737; p=0,46)]. CONCLUSÃO: Assim como os pacientes de países desenvolvidos, esquizofrênicos de início tardio no Brasil não evoluem para demência, ao menos ao longo de um ano.

psicose; esquizofrenia; início tardio; cognição; idosos; avaliação; atividades de vida diária


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