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Mudança do comportamento de ratos Wistar no modelo experimental de neuropatia diabética dolorosa

Com o objetivo de estudar dados sobre mudança de comportamento em ratos com neuropatia diabética dolorosa, induzimos diabetes em 28 ratos Wistar com estreptozotocina. Os animais foram então observados ao longo de 27 semanas com o propósito de caracterizar mudanças espontâneas em seus hábitos que pudessem sugerir sinais de dor crônica. Morfina como um potente analgésico de ação central e seu antagonista específico naloxona foram utilizados. Nossos resultados evidenciaram nos animais uma síndrome clínica semelhante ao diabetes humano (poliúria, catarata, perda de peso, neuropatia sensitivo-motora de predomínio distal). A análise comportamental revelou aumento dos comportamentos de coçar-se e descansar/dormir, e diminuição das atividades motoras e hábitos de comer e limpar-se. Além disso, os testes térmicos revelaram sinais de hiperalgesia em 43% desses animais, o que corrobora o significado de coçar-se como sinal de dor. Os testes farmacológicos com morfina evidenciaram inibição significativa (p<0,05) no hábito de coçar-se, com aumento recíproco das atividades motoras e de alimentar-se, e diminuição do tempo de descansar/dormir. A naloxona antagonizou os efeitos da morfina. Tais resultados sugerem que esses animais exibiram comportamento evocado de hiperalgesia e que o hábito de coçar-se é possivelmente uma manifestação espontânea de dor crônica nesse modelo de neuropatia diabética dolorosa em ratos Wistar.

dor crônica; neuropatia dolorosa; neuropatia diabética experimental; comportamento espontâneo de coçar-se; morfina; naloxona; perfil a longo prazo


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