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Espectro clínico, imagiológico e etiológico da síndrome de encefalopatia posterior reversível

Objetivo

Análise dos casos de síndrome de encefalopatia posterior reversível (PRES) internados em um Serviço de Neurologia durante oito anos.

Método

Estudo restrospectivo observacional num hospital central do norte de Portugal.

Resultados

Identificaram-se 14 casos, idade média de 52,3 anos. Os factores precipitantes foram: eclâmpsia, hipertensão arterial isolada, traumatismos vertebro-medulares com disfunção autonómica, síndrome de Guillain-Barré, sépsis, sarcoidose e criptococose pulmonar e fármacos. A maioria dos doentes apresentou lesões edematosas de predomínio posterior, contudo 64,2% apresentaram lesões frontais e 42,8% apresentaram também lesões cerebelosas. Quatro doentes tinham lesões isquémicas agudas e um apresentou lesões hemorrágicas. Durante o seguimento, 10 doentes recuperaram totalmente, 2 recuperaram com sequelas, 1 teve recidiva e 2 faleceram durante o internamento.

Conclusão

A PRES apresenta muitos factores precipitantes. As designações posterior e reversível deverão ser reequacionadas dado que a PRES afecta outras zonas do cérebro e nem sempre é reversível, apresentado complicações e mortalidade não negligenciáveis.

síndrome de encefalopatia posterior reversível; edema vasogénico; hipertensão arterial


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