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Carotid angiography

Após breve revisão histórica da angiografia cerebral, são descritas algumas das mais importantes questões relativas à técnica angiográfica percutânea. É estudado o valor da angiografia para o diagnóstico dos gliomas cerebrais, baseando-se o autor em 127 casos de gliomas hemisféricos. De 31 casos de glioma frontal, 28 puderam ser diagnosticados pelo método angiográfico; em 33 casos de glioma parietal, os angiogramas revelaram a neoplasia em 27 vezes; entre 39 casos de glioma temporal, o tumor pode ser diagnosticado em 38; de 13 casos de glioma occipital, a localização angiográfica da neoplasia foi bem sucedida em 9 vezes; em 11 casos de glioma infiltrando o corpo caloso e (ou) os gânglios basais, o exame angiográfico deu bons resultados em apenas 3 casos. Na opinião do autor, o exame angiográfico em casos de glioma cerebral fornece resultados mais satisfatórios, no que respeita à localização, que a pneumencefalografia. A única exceção diz respeito aos gliomas que se desenvolvem no tálamo ou nos gânglios basais. Estes são mais facilmente localizáveis pela ventriculografia. No que concerne ao diagnóstico diferencial dos gliomas, vasos neoformados podem ser visualizados tanto nos astrocitomas como nos glioblastomas. A maioria dos astrocitomas são, entretanto, desprovidos de vasos neo-formados; quando presentes, eles não podem ser seguramente diferenciados daqueles encontrados nos glioblastomas, mas as anormalidades são menos numerosas e menos pronunciadas nos astrocitomas que nos glioblastomas. Na maioria dos casos, os astrocitomas são caracterizados somente pelo deslocamento dos vasos sangüíneos de aparência normal, ao passo que os glioblastomas freqüentemente apresentam tanto o deslocamento de vasos normais como rica vascularização neoformada. Os vasos sangüíneos patológicos são anormais tanto quanto à topografia como quanto ao tipo. Freqüentes são os aneurismas arteriovenosos, as bruscas variações do calibre vascular, os arranjos paralelos de pequenos vasos tumorais e campos de hipervascularização. Em 37 dos 55 casos de glioblastoma, tais modificações vasculares permitiram o diagnóstico da natureza da neoplasia.


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