Acessibilidade / Reportar erro

Distrofia muscular congênita. Parte II: revisão da patogênese e perspectivas terapêuticas

As distrofias musculares congênitas (DMCs) são miopatias hereditárias geralmente, porém não exclusivamente, de herança autossômica recessiva, que apresentam grande heterogeneidade genética e clínica. São caracterizadas por hipotonia muscular congênita, atraso do desenvolvimento motor e fraqueza muscular de início precoce associada a padrão distrófico na biópsia muscular. O quadro clínico, de gravidade variável, pode também incluir anormalidades oculares e do sistema nervoso central. A partir de 1994, os conhecimentos sobre genética e biologia molecular das DMCs progrediram rapidamente, sendo a classificação continuamente atualizada. Os aspectos clínicos e diagnósticos dos principais subtipos de DMC foram apresentados no número anterior deste periódico, como primeira parte desta revisão. Nesta segunda parte apresentaremos os principais mecanismos patogênicos e as perspectivas terapêuticas dos subtipos mais comuns de DMC: DMC tipo 1A com deficiência de merosina, DMCs relacionadas com alterações do colágeno VI (Ullrich e Bethlem), e DMCs com anormalidades de glicosilação da alfa-distroglicana (DMC Fukuyama, DMC "Muscle-eye-brain" ou MEB, síndrome de Walker Warburg, DMC tipo 1C, DMC tipo 1D). A DMC com espinha rígida, mais rara e não relacionada com alterações do complexo distrofina-glicoproteínas associadas-matriz extracelular também será abordada quanto aos mesmos aspectos patogênicos e terapêuticos.

distrofia muscular congênita; merosina; colágeno VI; glicosilação da alfa-distroglicana; DMC Fukuyama; DMC "muscle-eye-brain"-MEB; síndrome de Walker-Warburg; espinha rígida


Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO R. Vergueiro, 1353 sl.1404 - Ed. Top Towers Offices Torre Norte, 04101-000 São Paulo SP Brazil, Tel.: +55 11 5084-9463 | +55 11 5083-3876 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista.arquivos@abneuro.org