Resumo
A bacia Amazônica se destaca principalmente por suas extensas áreas alagadas, que durante o período de cheia se tornam importantes ambientes para a manutenção do ciclo de vida de muitas espécies de peixes. Esta planície de inundação atua como fonte de alimento e área para o crescimento e reprodução para as assembleias de peixes. No entanto, existem poucos estudos sobre o uso dos lagos de várzeas para a criação de peixes em cativeiro. Todavia, aqui analisamos a capacidade de suporte e os parâmetros ambientais do lago Cujubim, na bacia do rio Madeira, visando o seu uso para a implementação da criação intensiva de peixes (sistemas de tanques rede). No período de 2019 a 2020 foram realizados perfis batimétricos e coleta de dados limnológicos, considerando a sazonalidade do nível da água e a forma do lago Cujubim. Os dados da batimetria foram primordiais para verificar os parâmetros de profundidade, área e volume do lago, enquanto que os dados limnológicos contribuíram com as análises estatísticas para a avaliação do estado de sanidade e capacidade de suporte para criação de peixes em sistema intensivo de produção. Os dados coletados, das análises limnológicas e do perfil de profundidade, indicaram que o lago Cujubim é apropriado para a criação de peixes, e tem uma capacidade de suporte estimada de 468,31 toneladas de peixes por ano. Dessa forma, propomos aqui uma alternativa social e viável para o desenvolvimento da piscicultura intensiva em área de lago de várzea no estado de Rondônia, Brasil.
Palavras-chave:
bacia amazônica; piscicultura; tanques rede
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