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Estudo para determinação da frequência de deformidade do mento em Chironomus sancticaroli (Diptera: Chironomidae) em cultura de laboratório

Resumo

A espécie Chironomus sancticaroli (Diptera: Chironomidae) tem sido utilizada em testes ecotoxicológicos por ser sensível a uma variedade de poluentes inorgânicos. Um dos parâmetros utilizados para avaliar a toxicidade de uma substância é a frequência de deformidade do mento, que faz parte do sistema oral deste organismo. Entretanto, ainda não há consenso a respeito do nível basal (porcentagem) de deformidade aceitável em culturas de laboratório não expostas a poluentes. A determinação desta variável é importante para assegurar a validade de bioensaios e comparar culturas de diferentes instituições de pesquisa e ensino. Uma vez estabelecido, este número também será usado para o controle da qualidade dos organismos criados, já que fatores como o endocruzamento poderiam aumentar a frequência de deformidade do mento. Assim, o objetivo deste estudo foi quantificar a porcentagem de deformidade do mento em larvas de quarto instar de C. sancticaroli de cultura do Laboratório de Ecossistemas Aquáticos da Embrapa Meio Ambiente. A média de frequência de deformidade obtida para a cultura foi de 6,63%. Acredita-se que fatores como a renovação da cultura com a inclusão de desovas de laboratórios de outras instituições, assim como o controle da qualidade da água de diluição e do sedimento da criação, podem ter contribuído para uma baixa frequência de deformidade do mento da cultura.

Palavras-chave:
bioindicadores; ecotoxicologia; endocruzamento.

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