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DISCURSO JORNALÍSTICO E A SUPOSTA IMPARCIALIDADE: OS MODOS DE APROPRIAÇÃO DO DISCURSO DE OUTREM COMO INDICATIVOS DE POSICIONAMENTOS IDEOLÓGICOS

RESUMO:

Tomando parte na discussão que há no campo da teoria do jornalismo sobre a objetividade e a subjetividade, e falando do lugar da linguagem, neste trabalho, propomos que os modos de apropriação do discurso de outrem podem ser um meio à resolução desse impasse, pois levantamos a hipótese de que eles evidenciam posicionamentos sócio-ideológicos do sujeito-jornalista em relação ao objeto de enunciação. Para tanto, partimos da concepção de linguagem do chamado Círculo de Bakhtin e tomamos notícias dos dois jornais mais lidos do estado de Pernambuco, Diário de Pernambuco e Jornal do Commercio, respectivamente, sobre Eduardo Campos, candidato à presidência do Brasil em 2014. As análises feitas mostraram que os modos de apropriação do discurso de outrem podem servir a efeitos de sentidos diversos entre si e que, quando da apropriação do discurso de outrem, o sujeito-jornalista não cede lugar ao outro, mas, sim, fala junto com ele, evidenciando posicionamentos ideológicos por meio das notícias.

PALAVRAS-CHAVE:
Discurso jornalístico; Apropriação do discurso de outrem; Posicionamentos sócio-ideológicos

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