RESUMO
A prosa de Guimarães Rosa impacta de imediato por seu caráter inovador. É certo que em sua elaboração minuciosa há muito da pesquisa linguística e do investimento formal caros à modernidade artística. Mas a língua de Guimarães Rosa não presta contas essencialmente ao experimentalismo das vanguardas. A palavra rosiana opera uma integração cósmica, que reconcilia o homem com a natureza. Dizer, então, equivale a dar à luz e, neste ato genesíaco, a linguagem absorve o ímpeto metamórfico da natureza, concebida como corpo vivo.
Palavras-chave:
Guimarães Rosa; linguagem; natureza; imaginação; reciprocidade