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O destino dos detritos de Eichhornia azurea (Sw.) Kunth. em um reservatório tropical

OBJETIVO: Nesse estudo foram comparadas as cinéticas de decomposição de Eichhornia azurea e discutidos os destinos de seus detritos; MÉTODOS: As amostras de plantas e de água foram coletadas no reservatório de Piraju (Estado de São Paulo, Brasil). As plantas foram secas e trituradas; para cada condição experimental (meio aeróbio e anaeróbio) foram preparadas 72 câmaras de mineralização com fragmentos de planta e água do reservatório. Nos dias de coleta as frações particuladas e dissolvidas de matéria orgânica foram quantificadas (em base de carbono: carbono orgânico particulado (COP) e dissolvido (COD), respectivamente); RESULTADOS: Com base no carbono mineralizado, os resultados indicaram que a decomposição de E. azurea foi mais eficiente em meio aeróbio (2,2 vezes mais rápido) que em anaerobiose. Para a decomposição das folhas, talos e raízes os processos aeróbios foram 1,22 vezes mais rápidos. Verificou-se que as frações responsáveis pelos consumos elevados de oxigênio possuem tempos de meia vida reduzidos e, desse modo, não se acumulam no reservatório. Devido à biomassa de E. azurea no reservatório de Piraju os processos aeróbios de decomposição dessa espécie podem promover depleções moderadas no balanço de oxigênio dissolvido. Devido à magnitude dos coeficientes de degradação (meia-vida: de 385 a 462 dias), associados com as condições predominantes de pH e potencial de oxi-redução, as frações refratárias dos detritos (fibras) de E. azurea podem contribuir para a produção de gases e no estoque de matéria orgânica particulada dos sedimentos do reservatório.

decomposição; macrófitas aquáticas; modelo cinético; mineralização; Reservatório de Piraju


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