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Avaliação da qualidade dos sedimentos do rio Gravataí (Rio Grande do Sul - Brasil) a partir de testes de toxicidade utilizando Daphnia magna (Straus, 1820) como organismo-teste

OBJETIVO: Poluentes persistentes lançados no leito dos rios retornam ao sistema trófico danificando os organismos que o integram. Os ensaios ecotoxicológicos expressam o efeito das interações ambientais com os organismos ali presentes. Visando avaliar a qualidade do rio Gravataí foram realizados ensaios com o microcrustáceo Daphnia magna (Straus, 1820), em amostras do sedimento, da nascente até a foz; MÉTODOS: Sedimento de fundo foi utilizado na avaliação das respostas dos cladóceros às alterações ambientais de 15 amostras coletadas entre Jan./06 e Maio/09. Os microcrustáceos foram colocados em situação de estresse durante 21 dias desde o início de suas vidas (2-26 horas). O Teste de Duncan, percentual de sobrevivência, reprodução e Correlação de Spearman foram utilizados para avaliar a qualidade dos locais; RESULTADOS: O Teste de Duncan mostrou diferença significativa (p < 0,05) na reprodução em 14 das 15 amostragens, sendo a ação crônica mais constante (88%) que a aguda (23%). Somente em algumas ocasiões foram observadas alterações na sobrevivência e na reprodução relacionadas à estação climática ou regime de chuvas. Os dois locais situados próximos a foz apresentaram Correlação de Spermann (p < 0,01) para sobrevivência e reprodução. Aqueles situados na nascente mostraram alterações em algumas amostragens em decorrência dos lançamentos de esgotos na área; CONCLUSÕES: Flutuações de respostas foram observadas neste rio devido aos contaminantes de origem antrópica, fluxo lento e refluxo de correntes.

Cladocera; microcrustáceo; ecotoxicologia; poluição; ensaios crônicos


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