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Principais preditores na ocorrência do fitoplâncton em sistemas lóticos

Resumo:

Objetivo

O objetivo do trabalho foi relacionar a metacomunidade fitoplanctônica com seus possíveis determinantes em uma microbacia hidrográfica: (I) determinantes relacionados à filtragem em escala de paisagem, (II) determinantes referentes à filtragem local de micro-habitat, (III) determinantes referentes a colonização anterior e (IV) determinantes representando três diferentes rotas de dispersão.

Métodos

Foram selecionadas oito estações de amostragem ao longo da microbacia do Rio Cascavel, localizada no estado do Paraná, Brasil. As coletas foram realizadas trimestralmente durante três anos. Todas as amostras de fitoplâncton passaram por análise quantitativa para averiguar a densidade da metacomunidade. Além disso fizemos a caracterização da paisagem tanto o uso e ocupação do solo e caracterização ambiental quanto as variáveis físicas e químicas da água. Todos os dados passaram por análises estatísticas pertinentes, onde a partição da variância foi realizada utilizando modelos RDA parciais, com seleção prévia das variáveis preditoras, para estimar o papel relativo de cada preditor na comunidade. Ainda comparamos três possíveis rotas de dispersão: Mapa de Autovetores Assimétricos” (AEM), “Terrestre” e “Curso d´água”.

Resultados

Constatou-se que a metacomunidade foi mais bem explicada pelo “mapa de autovetores assimétricos” (AEM), indicando que por se tratar de uma pequena escala espacial a alta conectividade entre as estações de amostragem possibilita que as espécies se dispersem também por terra. Os diferentes filtros atuam em conjunto e dependem da variação de chuva. Além de flutuar temporalmente, a influência desses mecanismos está sujeita a qual hipótese de dispersão está sendo considerada.

Conclusões

Na escala da microbacia hidrográfica, argumentamos que os processos de pequena escala devem ser considerados, uma vez que homogeneízam a paisagem e, consequentemente, deixam o gradiente ambiental semelhante entre as estações de amostragem. Além disso, a conectividade das manchas de colonização é essencial para entender o comportamento das microalgas que têm alta capacidade de dispersão, não se restringindo apenas ao curso do rio.

Palavras-chave:
dispersão; efeito de massa; escala; paisagem

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