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Comparação dos indicadores de risco para surdez em neonatos encontrados nos anos de 1995 e 2005

Comparison of indicators of risk of deafness in newborns studied in the years 1995 and 2005

INTRODUÇÃO: Os dados apresentados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo apontam que o número de crianças acometidas por doenças infecto-contagiosas aumenta a cada ano. Algumas dessas doenças são consideradas de risco para a audição. OBJETIVO: Verificar e comparar a ocorrência de indicadores de risco para Deficiência Auditiva durante o intervalo de 10 anos em uma maternidade de São Paulo. MÉTODO: Estudo de caráter quantitativo e retrospectivo, realizado a partir do levantamento e análise de dados dos registros fornecidos por uma maternidade da cidade de São Paulo. Foram levantados os registros dos bebês que nasceram de janeiro a dezembro dos anos de 1995 (n=2.077) e 2005 (n=5.129), e inclusos os que apresentaram indicadores de risco para surdez como prematuridade, baixo peso e asfixia, além de possuir diagnóstico confirmado ou suspeita de doenças infecto-contagiosas do grupo TORSCH-A. RESULTADOS: Foram considerados os prontuários de 565 crianças nascidas em 1995, e de 1047 em 2005. Dentre os indicadores de risco para surdez, observou-se diferença significativa para o indicador prematuridade e asfixia, não havendo diferença significativa para o indicador baixo peso. Os indicadores de risco prematuridade, baixo peso e asfixia foram mais frequentes que a Toxoplasmose, a Sífilis e o HIV+. As crianças nascidas em 1995 tenderam a ter um maior número de indicadores de risco e/ou doenças do que as nascidas em 2005 (p<0,001). CONCLUSÃO: A maior incidência de indicadores em 1995 aponta melhoria na saúde, diminuindo ao longo de 10 anos o índice de recém-nascidos com risco para surdez.

surdez; doença; recém-nascido


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