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Inquérito soroepidemiológico e fatores de risco para lentivírus em rebanhos caprinos da região sisaleira, Bahia

RESUMO:

Este trabalho teve por objetivo realizar um levantamento soroepidemiológico da artrite encefalite caprino na região sisaleira do estado da Bahia e avaliar os fatores de risco. Foram avaliadas 831 amostras de soros sanguíneos de caprinos entre machos e fêmeas, com idade superior a seis meses, provenientes de 49 propriedades rurais distribuídas entre os municípios de Araci, Cansanção, Conceição do Coité, Itiúba, Monte Santo, Nordestina, Queimadas, Santa Luz, São Domingos e Valente. Foi aplicado um questionário epidemiológico destinado à análise de possíveis fatores de risco. Todos os soros foram submetidos ao teste da imunodifusão em gel de ágar. A soroprevalência obtida nos rebanhos pesquisados foi de 1,56% (13/831). Houve diferença significativa (p≤0,05) para padrão racial dos animais, tipo de exploração e sistemas de criação. Quando se consideraram apenas os rebanhos com raças predominantemente leiteiras (Saanen e Pardo alpina), dos municípios de Valente, Conceição do Coité e São Domingos, a soropositividade nos animais elevou-se para 5,06% (12/237). Nesses municípios, de 14 propriedades analisadas, 5 (38,5%) apresentaram pelo menos um animal sororeagente. Esse resultado é extremamente preocupante quando se constata que poucas medidas de controle são adotadas pelos criadores para impedir a disseminação dessa importante enfermidade na bacia leiteira mais relevante do estado da Bahia.

PALAVRAS-CHAVE:
sorologia; artrite encefalite caprino; lentivírus de pequenos ruminantes; território do sisal; caprinos

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