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Manejo de Achatina fulica (Bowdich, 1822) (Pulmonata: Achatinidae) em alface (Lactuca sativa L.)

RESUMO:

O caramujo-gigante-africano (Achatina fulica) foi introduzido no Brasil e desde então se tornou uma importante praga em virtude de sua resistência a condições abióticas, hermafroditismo, polifagia e ausência de predadores naturais. Este estudo visa avaliar o controle de A. fulica em alface no estado de Alagoas, Brasil. Bioensaios para a determinação da dose e de tempo letais para adultos de A. fulica e a mortalidade de ovos foram realizados em laboratório com a aplicação de produtos sintéticos comerciais, extratos botânicos alcoólicos comerciais e não comerciais sobre caramujos adultos. Adicionalmente, determinaram-se a concentração proteica, a atividade lipásica e as enzimas acetilcolinesterase e butirilcolinesterase, no estômago, intestino, gânglio nervoso e fígado. O extrato alcoólico de Capsicum frutescens causou maior mortalidade de A. fulica, e o extrato alcoólico de C. frutescens e Piper tuberculatum mostrou que pode prevenir a eclosão de A. fulica. A atividade lipase estava presente e em maior quantidade nos tecidos, estômago, intestino, fígado e gânglios de A. fulica, antes e depois da exposição do extrato alcoólico de C. frutescens. A atividade enzimática da butirilcolinesterase estava presente nos gânglios e fígado, antes da exposição do extrato alcoólico de C. frutescens. A atividade enzimática de acetilcolinesterase estava presente apenas no gânglio e ausente no fígado de A. fulica, antes da exposição do extrato alcoólico de C. frutescens. A concentração de 10% do extrato alcoólico de C. frutescens causou 84% de mortalidade de adultos de A. Fulica em alface em condições de campo.

PALAVRAS-CHAVE:
pesticidas; extratos botânicos; controle biológico; enzimas proteicas

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