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Extrato aquoso de fruto de pequizeiro para o controle de Spodoptera frugiperda em milho

RESUMO:

Nas cascas dos frutos de pequi já foram identificados esteroides, triterpenos, flavonoides, taninos e saponinas, substâncias promissoras no manejo integrado de pragas. Com base nesta informação, objetivou-se com este trabalho avaliar a ação inseticida de extratos aquosos das cascas dos frutos de pequi a Spodoptera frugiperda. O ensaio foi realizado em campo, utilizando sementes de milho do cultivar ‘AL Alvaré’ que aos 40 e 47 dias após a germinação foram pulverizadas com concentrações dos extratos de 0,8%, 2,5%, 5% e 10% (v/v). Os extratos foram preparados a partir de cascas dos frutos de pequi que, após picadas, foram secas em estufa (65°C, por 72 horas) e moídas em moinho de facas. Com o pó foi preparado um extrato padrão (10,0%). As demais concentrações foram obtidas a partir deste extrato. Foram avaliadas a intensidade das injúrias causadas pelas lagartas de S. frugiperda em plantas com 43, 46, 50 e 53 dias, utilizando uma escala visual de notas. As pulverizações dos extratos reduziram o número de injúrias provocadas pelas lagartas. A concentração de 5% foi a mais eficiente nesta redução e a de 10% causou fitotoxicidade após a segunda pulverização. O extrato pequi é tóxico às lagartas de S. frugiperda e pode ser utilizado no manejo desta praga.

PALAVRAS-CHAVE:
Caryocar brasiliense; lagarta do cartucho-do-milho; inseticida botânico

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