Accessibility / Report Error
Arquivos de Gastroenterologia, Volume: 50, Issue: 1, Published: 2013
  • ARQUIVOS DE GASTROENTEROLOGIA - 50 ANOS Editorial

    OLIVEIRA e SILVA, Adávio de
  • CARCINOID TUMOR OF THE DUODENUM: Original Articles

    WAISBERG, Jaques; JOPPERT-NETTO, George; VASCONCELLOS, Cidia; SARTINI, Gustavo Henrique; MIRANDA, Lucimar Sonja Villela de; FRANCO, Maria Isete Fares

    Abstract in Portuguese:

    Contexto Carcinoides duodenais são extremamente raros e as características e o comportamento biológico dessa neoplasia permanecem indefinidos. Objetivo Analisar as características clinicopatológicas de doentes com carcinoide duodenal ressecado. Métodos Vinte doentes (12 mulheres e 8 homens) foram estudados. A média de idade dos doentes foi de 66,4 ± 5,8 anos (43 a 88 anos). Os dados do quadro clínico, diagnóstico, tratamento e prognóstico dos doentes com tumor carcinoide do duodeno submetidos a ressecção da lesão no período de 18 anos (1993-2011) foram analisados. Resultados Os sintomas mais frequentes foram dispepsia (50%) e epigastralgia (45%), seguidos por perda de peso (10%) e vômitos (5%). Não foram observados doentes com síndrome carcinoide. A lesão estava localizada na primeira porção do duodeno em 15 (75%) pacientes, na segunda porção em 4 (20%) e na terceira porção em 1 (5%). O diagnóstico de tumor carcinoide foi estabelecido pela biopsia endoscópica excisional em 19 (95%) pacientes e pelo exame histopatológico da peça cirúrgica em um (5%). O tamanho médio dos tumores foi de 1,1 cm ± 0,4 cm (0,3 cm a 6,0 cm). Dezenove (95%) doentes foram tratados, inicialmente, por ressecção endoscópica da lesão duodenal e um (5%) com lesão na terceira porção duodenal foi submetido a duodenectomia da terceira e quarta porções do duodeno e duodenojejunoanastomose. A margem de ressecção do carcinoide duodenal estava comprometida em quatro (20%) casos e em quatro (20%) pacientes foi realizada gastrectomia parcial para retirada completa da lesão. O tumor estava limitado à camada submucosa em 16 (80%) casos e penetrava a camada muscular própria em 4 (20%). Todos os pacientes apresentaram imunomarcação positiva para cromogranina A, enolase neurônio-específica ou sinaptofisina. A média do período de seguimento foi de 39,6 meses (3 a 96 meses). Dos 20 casos desta série, 12 (60%) permanecem vivos e sem evidência de doença ativa e apenas 1 (5,0%) faleceu por metástase hepática do carcinoide duodenal. Conclusões Carcinoides duodenais são tumores raros e indolentes normalmente associados a bom prognóstico. Duodenoscopia, tomografia computadorizada e ultrassonografia endoscópica devem ser realizadas para avaliar o tamanho do tumor, o nível de invasão da parede e a presença de metástases linfáticas regionais e/ou distantes. Remoção endoscópica de tumores menores que 1,0 cm, sem localização periampolar ou evidência de invasão da camada muscular própria avaliada pela histologia e/ou ultrassonografia endoscópica é recomendada. A ressecção endoscópica de tumor carcinoide com tamanho entre 1,0 cm e 2,0 cm pode ser incompleta e requerer nova ressecção endoscópica ou mesmo remoção cirúrgica. Carcinoides duodenais maiores que 2,0 cm necessitam de ressecção com espessura total e linfadenectomia concomitante.

    Abstract in English:

    Context Duodenal carcinoids are extremely rare, and their characteristics and biological behavior have not been fully elucidated. Objective To analyze the clinicopathological characteristics of patients with resected duodenal carcinoids. Methods Twenty patients (12 females and 8 males) were investigated. Their average age was 66.4 ± 5.8 years old (43 to 88 years old). The data corresponding to the clinical picture, diagnosis, treatment, and prognosis of patients with duodenal carcinoid tumors subjected to resection over a period of 18 years (1993-2011) were analyzed. Results The most common symptoms were dyspepsia (50%) and epigastric pain (45%) followed by weight loss (10%) and vomiting (5%). Carcinoid syndrome was not observed in any patient. The lesion was located on the first part of the duodenum in 15 (75%) patients, the second part in 4 (20%) patients, and the third part in 1 (5%) patient. The diagnosis of a carcinoid tumor was established through an endoscopic excision biopsy in 19 (95%) patients and an histopathological examination of the surgical specimen in 1 (5%) patient. The average tumor size was 1.1 cm ± 0.4 cm (0.3 cm to 6.0 cm). Nineteen (95%) patients were initially treated by endoscopic resection of the duodenal lesion. One patient (5%), whose tumor was on the third part of the duodenum underwent a duodenectomy of the third and fourth duodenal parts and duodenojejunal anastomosis. The duodenal carcinoid resection margin was involved in four (20%) patients. Four (20%) patients were subjected to a partial gastrectomy to fully remove the lesion. The tumor was restricted to the submucosal layer in 16 (80%) cases, and it penetrated into the muscular layer in 4 (20%) cases. All patients exhibited positive chromogranin A, neuron-specific enolase, and/or synaptophysin immunostaining. The average duration of the follow-up period was 39.6 months (3 to 96 months). Twelve (60%) of the 20 cases in this series are alive without any evidence of active disease. Only one (5%) patient died due to liver metastases of the duodenal carcinoid. Conclusions Duodenal carcinoids are rare and indolent tumors usually associated with a benign progression. Duodenoscopy, computerized tomography, and endoscopic ultrasound should be performed to evaluate the tumor size, the level of wall invasion, and the presence of regional or distant lymphatic metastases. Endoscopic removal of tumors smaller than 1.0 cm without periampullary localization or evidence of muscular propria layer invasion assessed by histology and/or endoscopic ultrasound is recommended. The endoscopic resection with a carcinoid tumor size between 1.0 cm and 2.0 cm can be incomplete and require new endoscopic resection or even surgical removal. Duodenal carcinoid larger than 2.0 cm require full-thickness resection and concomitant lymphadenectomy.
  • PANCREATIC SPLENOSIS MIMICKING NEUROENDOCRINE TUMORS: Original Articles

    ARDENGH, José Celso; LOPES, César Vivian; KEMP, Rafael; LIMA-FILHO, Eder Rios; VENCO, Filadelfo; SANTOS, José Sebastião dos

    Abstract in Portuguese:

    Contexto A esplenose pancreática é uma afecção benigna que pode mimetizar uma neoplasia pancreática. Objetivo Descrever o papel da ecoendoscopia associada à punção aspirativa com agulha fina ecoguiada (EE-PAAF) dos nódulos de pâncreas suspeitos de esplenose pancreática. Método De 1997 a 2011, pacientes com tumores sólidos de pâncreas sugestivos de esplenose pancreática, conforme achados de exames de imagem por tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética foram encaminhados para EE-PAAF. Os casos com esplenose pancreática confirmada pela ecoendoscopia ou pela cirurgia foram incluídos. Os achados endossonográficos e os aspectos clinicopatológicos foram analisados. Resultados Dois mil e sessenta pacientes com tumores sólidos do pâncreas foram submetidos a EE-PAAF. Quatorze (0,6%) casos com esplenose pancreática foram encontrados. Após emprego dos critérios de exclusão, 11 pacientes foram selecionados. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (7), jovens (idade média: 42 anos) e assintomáticos (8). A imagem ecoendoscópica isolada suspeitou de esplenose pancreática em 6 casos, e tumores neuroendócrinos em outros 5 casos. A esplenose pancreática foi detectada mais comumente na cauda do pâncreas, era redonda, hipoecogênica, com padrão homogêneo, bordos regulares bem delimitados e com cintilografia negativa para os receptores de somatostatina. O diâmetro médio dos nódulos foi de 2,15 cm. A microhistologia obtida pela EE-PAAF confirmou o diagnóstico em 9/10 pacientes. Conclusão A esplenose pancreática pode ser diagnosticada pela punção aspirativa com agulha fina ecoguiada. A microhistologia evita cirurgias desnecessárias e tranquiliza pacientes assintomáticos com nódulos pancreáticos hipoecogênicos, homogêneos e com bordos bem definidos.

    Abstract in English:

    Context Pancreatic splenosis is a benign condition which can mimic a pancreatic neoplasm. Objective To describe the role of the endoscopic ultrasound-guided fine-needle aspiration (EUS-FNA) of pancreatic nodules suspicious for pancreatic splenosis. Method From 1997 to 2011, patients with pancreatic solid tumors suspicious for splenosis by computed tomography and/or magnetic resonance imaging were referred to EUS-FNA. Those cases with pancreatic splenosis confirmed by EUS-FNA or surgery were included. Endosonographic findings and clinicopathologic features were also analysed. Results A total of 2,060 patients with pancreatic solid tumors underwent EUS-FNA. Fourteen (0.6%) cases with pancreatic splenosis were found. After applying exclusion criteria, 11 patients were selected. Most patients were male (7), young (mean age: 42 years) and asymptomatic (8). Endoscopic ultrasound imaging alone suspected pancreatic splenosis in 6 cases, and neuroendocrine tumors in 5 cases. Pancreatic splenosis was found most commonly in the tail, was round, hypoechoic, with homogeneous pattern, regular borders, and with scintigraphy negative for somatostatin receptors. The average diameter of these nodules identified by endoscopic ultrasound was 2.15 cm. Microhistology obtained by EUS-FNA confirmed the diagnosis in 9/10 patients. Conclusion Pancreatic splenosis can be diagnosed by EUS-FNA. Microhistology prevents unnecessary surgeries, and reassures asymptomatic patients with hypoechoic, homogeneous, and well circumscribed pancreatic nodules.
  • HEPATIC STEATOSIS ASSESSMENT: Original Articles

    MARTINS, Aline M. A.; COELHO, Gustavo R.; MARQUES, Geraldo A.; MORAES, Manoel O.; VALENÇA Jr., José Telmo; GARCIA, José Huygens P.

    Abstract in Portuguese:

    Contexto O transplante ortotópico de fígado é considerado um dos últimos recursos terapêuticos viáveis para os pacientes hepatopatas, em estágio terminal da doença. Muitas estratégias têm sido usadas para aumentar o número de órgãos disponíveis e diminuir a demora em lista de espera. No entanto, a presença de esteatose hepática é uma das principais limitações quanto ao uso de órgãos para transplante, devido a sua importância como relevante fator de risco para disfunção primária pós-transplante. Neste cenário, a avaliação do órgão pelo cirurgião, no momento da captação no doador, é de grande importância para a correta alocação do mesmo. Objetivo Avaliar retrospectivamente o grau de esteatose estabelecido pelo cirurgião e confrontar estes dados com os achados histopatológicos da biopsia. Métodos Analisaram-se 117 pacientes hepatopatas terminais sub-metidos ao transplante de fígado no Hospital Universitário Walter Cantídeo, Fortaleza, CE. Uma tabela matriz foi organizada para avaliação dos dados categóricos observados. Os indivíduos foram classificados quanto ao grau de esteatose apresentado pelo órgão: leve (0%-30%) e moderada (30%-60%) e agrupados sob os critérios clínicos de adequação de órgãos para transplante. Os órgãos foram descritos como adequado para transplante de órgãos e como não adequado para transplante de órgãos. As avaliações entre as duas primeiras situações, antes da perfusão vs biopsia e após a perfusão vs biopsia foram analisadas; bem como realizada comparação entre as duas situações de perfusão (antes e após). Resultados Na primeira avaliação, obtiveram-se 93% de concordância (n = 109) entre as duas observações, mostrando grande grau de concordância entre as classificações do órgão antes da perfusão e na biopsia. Na segunda avaliação, obteve-se um grau de discordância de 8%, levando a erros de alocação em nove situações. Na comparação entre as avaliações realizadas entre antes e após a perfusão, obteve-se forte concordância através do índice kappa entre os espectadores. Conclusões Embora a equipe deste estudo seja constituída de cirurgiões experientes, em alguns casos os mesmos, foram induzidos a erros de alocação. No entanto o percentual encontra-se bastante abaixo da média mundial.

    Abstract in English:

    Context Liver transplantation is one of the last viable resources for patients with end-stage liver disease. Many strategies are been used to improve the number of available organs and overcome waiting list delay. However, hepatic steatosis is one of the mainly concerns when organs are consider to transplantation due to it is importance as a risk factor for primary dysfunction. Surgeons play an important role to decide each organ will be accept or decline and its righteous allocation. Objective Retrospectively evaluate the surgeon assessment of steatosis degree and its confrontation with further histopathologic findings. Methods We analyzed 117 patients underwent deceased liver transplantation for end-stage liver disease in University Hospital Walter Cantideo, Fortaleza, CE, Brazil. A matrix table was organized to estimate the categorical data observed. We clustered the subjects into mild (0%–30%) and moderate (30%-60%) steatosis degree under the clinical criteria of organ suitability for transplantation. We categorized the organs as suitable organ for transplant and as non-suitable organ for transplant. Evaluations between the two first assessments, before perfusion (pre-perfusion) vs biopsy findings and after perfusion vs biopsy findings observations were analyzed and also a comparison between pre-perfusion and after perfusion data was performed. Results On the first assessment, we obtained a 93% of agreement (n = 109) between the two evaluations. On the second assessment, we had an 8% (n = 9) of mistaken allocation. Comparing the observation before (pre-perfusion) and after (after perfusion), we obtained a strong agreement between the surgeons. Conclusions Although our experienced surgeon team, we have wrongly evaluated feasible organs for transplantation. Nonetheless, our faulty percentage is low comparing to worldwide percentage.
  • PROGRESSION OF LIVER FIBROSIS IN MONOINFECTED PATIENTS BY HEPATITIS C VIRUS AND COINFECTED BY HCV AND HUMAN IMMUNODEFICIENCY VIRUS Original Articles

    TOVO, Cristiane Valle; BECKER, Smile Calisto da Costa; ALMEIDA, Paulo Roberto Lerias de; GALPERIM, Bruno; CHAVES, Silvia

    Abstract in Portuguese:

    Contexto A progressão da fibrose hepática em pacientes coinfectados pelos vírus da hepatite C (VHC) e da imunodeficiência humana (VHC/HIV) tem sido mais estudada na última década. Estudos realizados antes da terapia antiretroviral de alta potência (HAART) sugerem que o HIV pode mudar a história natural da infecção pelo VHC, levando a uma progressão mais rápida da fibrose hepática. Objetivo Avaliar e comparar a progressão de fibrose em duas populações de pacientes (coinfectados VHC/HIV e monoinfectados VHC). Métodos Foram avaliados retrospectivamente 70 pacientes monoinfectados VHC e 26 coinfectados VHC/HIV nunca tratados para o VHC e que haviam realizado duas biopsias hepáticas seriadas. Não houve diferença na progressão de fibrose entre os dois grupos. Conclusão A evolução do grau de fibrose não foi pior nos pacientes coinfectados. A ausência de imunodepressão e o menor intervalo de tempo entre as biopsias no grupo de coinfectados são possíveis justificativas.

    Abstract in English:

    Context The progression of liver fibrosis in patients coinfected by hepatitis C virus and human immunodeficiency virus (HCV/HIV) has been increasingly studied in the past decade. Studies made before the highly active antiretroviral therapy suggest that HIV can change the natural history of the HCV infection, leading to a faster progression of the liver fibrosis. Objective To evaluate and compare the fibrosis progression in two groups of patients (HCV/HIV coinfected and HCV monoinfected) Methods Seventy patients HCV monoinfected and 26 patients HCV/HIV coinfected who had not undertaken HCV treatment and were submitted to serial percutaneous liver biopsies were retrospectively evaluated. There was no difference in the fibrosis progression between the two groups. Conclusion The fibrosis grade evolution was not worse in the coinfected patients. The immunosuppression absence and the shortest time period between the biopsies in the coinfected group are possible explanations.
  • WHAT ARE THE MOST IMPORTANT FACTORS REGARDING ACCEPTANCE TO THE COLONOSCOPY? Original Articles

    USSUI, Vivian Mayumi; SILVA, Ana Luiza Werneck da; BORGES, Luana Vilarinho; SILVA, José Guilherme Nogueira da; ZEITUNE, José Murilo Robilotta; HASHIMOTO, Cláudio Lyoiti

    Abstract in Portuguese:

    Contexto É inquestionável o papel da colonoscopia na prática clínica, entretanto, trata-se de exame invasivo, complexo, demorado, impudico, não isento de riscos e desconforto, que gera receio e ansiedade à maioria dos pacientes. Em uma nova época de elevada competição entre instituições de saúde, na qual se valoriza a qualidade dos serviços prestados e satisfação dos clientes, estudos sobre fatores relacionados a tolerância à colonoscopia oferecem grande potencial a ser explorado. No presente estudo considerou-se tolerância a disposição de repetir o exame. Objetivo Analisar informações relacionados ao preparo, exame e pós exame que interferem na tolerância à colonoscopia. Métodos Análise da tolerância à colonoscopia em três momentos da colonoscopia (pré, pós e durante) através de check list: “formulário do paciente” e “ficha de avaliação médica”. Resultados No presente estudo 91.2% de 373 pacientes apresentaram tolerância positiva à colonoscopia. Os fatores relacionados à tolerância negativa foram o sexo feminino (12.9% mulheres and 3.2% dos homens não repetiriam o exame), extremos de idade (<20 anos e >80 anos) e dor abdominal durante o preparo intestinal e após o procedimento. Conclusões Gênero, idade, cooperação do paciente e dor abdominal foram fatores determinantes da tolerância à colonoscopia. Significativa em duas fases do exame, a dor abdominal foi o fator mais importante relacionado à redução da tolerância.

    Abstract in English:

    Context Colonoscopy plays an indubitable role in the setting of clinical practice, however, it is an invasive exam; complex, lengthy, embarrassing, not devoid of risks and discomfort that yields fear and anxiety in the majority of patients. In a new era of rising competition between health institutions, where the quality of health care and client satisfaction are praised, studies regarding tolerance-related colonoscopy issues yield great potential to be explored. In the present study, tolerance is defined as willingness to repeat the exam. Objectives Evaluate information associated to bowel preparation, the exam itself and post-examination period that might interfere with the tolerance to the colonoscopy. Methods Analysis of the tolerance to the colonoscopy at three stages (pre, post, and during) through a checklist: patient's questionnaire and a medical assessment form were used. Results In this present study, 91.2% of 373 patients exhibited positive tolerance to the colonoscopy. Aspects related to a negative level of tolerance were patient gender (12.9% of women versus 3.2% of men would not repeat the exam), age extremes (less than 20 years and greater than 80 years of age), and abdominal pain, both during the bowel preparation and after the procedure. Conclusions Gender, age, patient cooperation and abdominal pain were the decisive components regarding tolerance to the colonoscopy. Notably, in two phases of the exam, the abdominal pain was the most important feature associated to a lessened tolerance.
  • EFFECT OF A BITTER BOLUS ON ORAL, PHARYNGEAL AND ESOPHAGEAL TRANSIT OF HEALTHY SUBJECTS Original Articles

    ALVES, Leda Maria Tavares; SECAF, Marie; DANTAS, Roberto Oliveira

    Abstract in Portuguese:

    Contexto Durante a deglutição o bolo estimula os receptores sensoriais da boca, faringe, laringe e esôfago. Os alimentos doces e sem gosto são mais aceitáveis para a deglutição do que os alimentos amargos, que tem gosto desagradável para a maioria dos indivíduos. A hipótese destes autores era que a ingestão de um bolo amargo pode alterar o trânsito oral, faríngeo e esofágico. Objetivo Avaliar se o gosto amargo de um bolo líquido provoca alteração do trânsito oral, faringeo e/ou esofágico de pessoas normais. Método Avaliação cintilográfica dos trânsitos oral, faringeo e esofágico foi realizada em 43 indivíduos assintomáticos, 22 mulheres e 21 homens, com idades entre 23-71 anos, sem problemas com a ingestão de alimentos líquidos e sólidos, sem doença digestiva, cardíaca ou neurológica. Cada indivíduo ingeriu, em sequência aleatória e na temperatura ambiente, 5 mL de um bolo líquido com sabor amargo, preparado com 2 g de folhas de Peumus boldus em 50 mL de água, aquecidas até a temperatura de fervura (chá de boldo), e 5 mL de um bolo líquido com sabor doce, preparado com 3 g de sacarose em 50 mL de água, ambos marcados com 37 MBq de tecnécio fitato (Tc99m). Resultados Não houve diferença entre o bolo amargo e o bolo doce na duração do trânsito pela boca, faringe e esôfago, e na quantidade de resíduos. Conclusão Um bolo amargo, considerado de sabor desagradável, não altera a duração das fases oral, faríngea e esofágica da deglutição, quando comparado com um bolo doce, considerado como sabor agradável.

    Abstract in English:

    Context During swallowing, boluses stimulate sensory receptors of the oral, pharyngeal, laryngeal, and esophageal regions. Sweet and tasteless foods are more acceptable for swallowing than bitter foods. A bitter bolus is unpleasant for most subjects. Our hypothesis was that the ingestion of a bitter bolus might alter the oral behavior, pharyngeal and esophageal transit when compared to a sweet bolus. Objective To evaluate whether the bitter taste of a liquid bolus causes alteration on oral, pharyngeal and/or esophageal transit in normal subjects in comparison with sweet bolus.’ Method Scintigraphic evaluation of oral, pharyngeal and esophageal transit was performed in 43 asymptomatic subjects, 22 women and 21 men, ages 23-71 years, without problems with the ingestion of liquid and solid foods, and without digestive, cardiac or neurologic diseases. Each subject swallowed in random sequence and at room temperature 5 mL of a liquid bolus with bitter taste, prepared with 50 mL of water with 2 g of leaves of Peumus boldus, heated until boiling (boldus tea), and 5 mL of a liquid bolus with sweet taste, prepared with 50 mL of water with 3 g of sucrose, both labeled with 37 MBq of technetium phytate (Tc99m). Results There was no difference between the bitter bolus and the sweet bolus in mouth, pharynx and esophageal transit and clearance duration and in the amount of residues. Conclusion A bitter bolus, considered an unpleasant bolus, does not alter the duration of oral, pharyngeal and esophageal phases of swallowing, when compared with a sweet bolus, considered a pleasant bolus.
  • HFE MUTATIONS AND IRON OVERLOAD IN PATIENTS WITH ALCOHOLIC LIVER DISEASE Original Articles

    COSTA-MATOS, Luís; BATISTA, Paulo; MONTEIRO, Nuno; HENRIQUES, Pedro; GIRÃO, Fernando; CARVALHO, Armando

    Abstract in Portuguese:

    Contexto A doença hepática alcoólica (DHA) está geralmente associada à sobrecarga de ferro, que pode contribuir para a sua patogênese, através do aumento do estresse oxidativo e dano celular. As descrições existentes na literatura sobre a associação entre mutações HFE e a gravidade da DHA nem sempre são concordantes. Objetivos Comparar a prevalência de mutações HFE entre um grupo de pacientes com DHA e uma população de controle. Avaliar a relação entre mutações HFE e os depósitos de ferro hepático. Avaliar se a presença dessas mutações está associada com a gravidade da DHA. Métodos Compararam-se 63 pacientes com DHA que efetuaram biopsia hepática com 52 controles saudáveis. A genotipagem HFE (wild type, C282Y, H63D, S65C, E168Q, E168X, V59M, H63H, P160delC, Q127H, Q283P, V53M, W164X) e uma avaliação laboratorial de rotina (incluindo cinética do ferro) foram feitos em todos os indivíduos. Realizou-se regressão logística multivariada nos casos para avaliar se a presença de mutações HFE estava relacionada com risco aumentado de depósitos de ferro hepático aumentados, ferritina sérica anormal, fibrose hepática significativa ou atividade necroinflamatória. Resultados Os pacientes apresentaram ferritina sérica e saturação da transferrina mais elevadas que os controles, mas não existiram diferenças significativas na distribuição de mutações HFE entre pacientes e controles. Considerando apenas os pacientes, o risco relativo de estes apresentarem pelo menos uma mutação HFE e depósitos de ferro hepático significativos foi de 17.23 (CI 95% 2.09-142.34, P = 0.008). Contudo, a presença de pelo menos uma mutação HFE não esteve associada ao risco significativamente aumentado de fibrose ou atividade necroinflamatória significativas. O fator mais determinante para apresentar ferritina sérica acima do normal foi a presença de alcoolismo ativo, com risco relativo de 8.87 (CI 95% 2.11-34.78, P = 0.003). Conclusões Não existiram diferenças na distribuição de mutações HFE entre pacientes com DHA e controles normais. Nos pacientes, o achado de pelo menos uma mutação HFE aumentou o risco de ter depósitos de ferro hepático mais elevados, mas não para ter fibrose ou atividade necroinflamatória significativas.

    Abstract in English:

    Context Alcoholic liver disease (ALD) is generally associated with iron overload, which may contribute to its pathogenesis, through increased oxidative stress and cellular damage. There are conflicting reports in literature about hemochromatosis (HFE) gene mutations and the severity of liver disease in alcoholic patients. Objectives To compare the prevalence of mutations in the hemochromatosis (HFE) gene between patients with ALD and healthy controls; to assess the relation of HFE mutations with liver iron stores and liver disease severity. Methods Liver biopsy specimens were obtained from 63 ALD patients (during routine treatment) and 52 healthy controls (during elective cholecystectomy). All individuals underwent routine liver function tests and HFE genotyping (to detect wild-type sequences and C282Y, H63D, S65C, E168Q, E168X, V59M, H63H, P160delC, Q127H, Q283P, V53M and W164X mutations). Associations between HFE mutations and risk of excessive liver iron stores, abnormal serum ferritin, liver fibrosis, or necroinflammatory activity were assessed by multivariate logistic regression analysis. Results ALD patients had significantly higher serum ferritin and transferrin saturation than controls (both P<0.05), but the distribution of HFE mutations was similar between the two groups. For ALD patients, the odds ratio for having at least one HFE mutation and excessive liver iron stores was 17.23 (95% confidence interval (CI): 2.09-142.34, P = 0.008). However, the presence of at least one HFE mutation was not associated with an increased risk of liver fibrosis or necroinflammatory activity. Active alcohol ingestion showed the strongest association to increased serum ferritin (OR = 8.87, 95% CI: 2.11-34.78, P = 0.003). Conclusions ALD patients do not present with a differential profile of HFE mutations from healthy controls. In ALD patients, however, the presence of at least one HFE mutation increases the risk of having excessive liver iron stores but has no detectable effects on liver disease activity or severity.
  • DYSPHAGIA AND SIALORRHEA: Original Articles

    NICARETTA, Denise Hack; ROSSO, Ana Lucia; MATTOS, James Pitágoras de; MALISKA, Carmelindo; COSTA, Milton M. B.

    Abstract in Portuguese:

    Contexto Disfagia e sialorreia em pacientes com doença de Parkinson são automaticamente entendidos como decorrentes do comprometimento neurológico produzido pela doença de Parkinson. Objetivo Estabelecer se estas duas queixas são consequências ou manifestações associadas à doença de Parkinson. Método Dois grupos de pacientes com doença de Parkinson provenientes da mesma população ambulatorial foram estudados. O primeiro grupo com queixa de disfagia foi estudado pelo método videofluoroscópico. Um segundo grupo com sialorreia foi estudado pelo método cintigráfico. Resultados O exame videofluoroscópico das fases oral, faríngea e esofágica da deglutição mostrou que 94% das disfagias nos pacientes com doença de Parkinson eram devidas a causas estruturais não relacionadas com a doença de Parkinson e capazes de produzir ou intensificar a disfagia observada. Os exames cintigráficos dos pacientes com doença de Parkinson e sialorreia mostraram que não ocorre aumento da produção de saliva. No entanto mostrou significante aumento na velocidade de excreção da saliva nesses pacientes. Conclusões A disfagia pode ser devido à rigidez muscular frequentemente presente nos pacientes com doença de Parkinson ou mais frequentemente por causas associadas que independem desta. Nos pacientes com doença de Parkinson a sialorreia é produzida pela retenção oral da saliva. Contudo é possível observar queixa de sialorreia sem formal queixa associada de disfagia. Nesses casos, disfagia sub-clínica deve ser considerada. Sialorreia é um indicativo de disfagia ou pelo menos de disfagia sub-clínica. Como conclusão final, a doença de Parkinson pode ser causa isolada de disfagia e ou sialorreia, mas frequentemente um fator não relacionado com a doença de Parkinson pode cursar como a principal causa ou pelo menos como causa agravante da disfagia.

    Abstract in English:

    Context Dysphagia and sialorrhea in patients with Parkinson's disease are both automatically accepted as dependent on this neurological disease. Objective The aim were to establish if these two complaints are a consequence or associated manifestations of Parkinson's disease. Method Two Parkinson's diseases groups from the same outpatients' population were studied. Patients in the first group, with dysphagia, were studied by videofluoroscopy. The second, with sialorrhea, were studied by the scintigraphic method, Results Videofluoroscopic examination of the oral, pharyngeal and esophageal phases of swallowing showed that 94% of Parkinson's diseases patients present, structural causes, not related to Parkinson's diseases, able to produce or intensify the observed disphagia. The scintigraphic examination of Parkinson's diseases patients with sialorrhea showed that there is no increase of serous saliva production. Nevertheless, showed a significantly higher velocity of saliva excretion in the Parkinson's diseases patients. Conclusions Dysphagia can be due to the muscular rigidity often present in the Parkinson's diseases patient, or more usually by non Parkinson's disease associated causes. In Parkinson's diseases patients, sialorrhea is produced by saliva retention. Nevertheless, sialorrhea can produce discomfort in swallowing, although without a formal complaint of dysphagia. In this case, subclinical dysphagia must be considered. Sialorrhea is indicative of dysphagia or at least of subclinical dysphagia. As final conclusion, Parkinson's diseases can be an isolated cause of dysphagia and/or sialorrhea, but frequently, a factor unrelated to Parkinson's diseases is the main cause of or at least aggravates the dysphagia.
  • EARLY COMPLICATIONS IN BARIATRIC SURGERY: Original Articles

    SANTO, Marco Aurelio; PAJECKI, Denis; RICCIOPPO, Daniel; CLEVA, Roberto; KAWAMOTO, Flavio; CECCONELLO, Ivan

    Abstract in Portuguese:

    Contexto A cirurgia bariátrica tem mostrado ser o método mais eficaz de tratamento da obesidade grave. No entanto, sua aceitação como terapia padrão-ouro ainda é questionada. As complicações cirúrgicas observadas no início do período pós-operatório de cirurgias para o tratamento da obesidade grave são semelhantes aos associados a outras cirurgias de grande porte do trato gastrointestinal. Não obstante, dada a ocorrência mais frequente de comorbidades associadas à obesidade mórbida, esses pacientes necessitam de atenção especial no pós-operatório. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado dessas complicações estão diretamente associadas a maior probabilidade de controle clínico. Método Os prontuários de 538 pacientes obesos mórbidos submetidos a tratamento cirúrgico (bypass gástrico em Y-de-Roux) foram revisados. Noventa e três (17,2%) pacientes eram do sexo masculino e 445 (82,8%) eram do sexo feminino. As idades dos pacientes variaram de 18 a 70 anos (média = 46) e seus índices de massa corporal variaram entre 34,6-77 kg/m2. Resultados As complicações imediatas ocorreram em 9,6% e foram distribuídos da seguinte forma: 2,6% apresentaram sangramento, obstrução intestinal ocorreu em 1.1%, infecções peritoniais ocorreram em 3,2% e 2,2% desenvolveram infecções da parede abdominal requerendo hospitalização. Três (0,5%) pacientes tiveram tromboembolismo pulmonar. Conclusão A padronização de cirurgia para o tratamento da obesidade mórbida tem contribuído significativamente para os baixos índices de complicações e mortalidade. A incidência de complicações precoces foi baixa. O diagnóstico destas complicações foi essencialmente clínico, com base na presença de sinais e sintomas. O valor dos sinais clínicos e tratamento precoce, especialmente em casos de sepse, foram essenciais para o resultado cirúrgico favorável. A mortalidade foi principalmente relacionada com tromboembolismo e idade avançada, acima de 65 anos.

    Abstract in English:

    Context Bariatric surgery has proven to be the most effective method of treating severe obesity. Nevertheless, the acceptance of bariatric surgery is still questioned. The surgical complications observed in the early postoperative period following surgeries performed to treat severe obesity are similar to those associated with other major surgeries of the gastrointestinal tract. However, given the more frequent occurrence of medical comorbidities, these patients require special attention in the early postoperative follow-up. Early diagnosis and appropriate treatment of these complications are directly associated with a greater probability of control. Method The medical records of 538 morbidly obese patients who underwent surgical treatment (Roux-en-Y gastric bypass surgery) were reviewed. Ninety-three (17.2%) patients were male and 445 (82.8%) were female. The ages of the patients ranged from 18 to 70 years (average = 46), and their body mass indices ranged from 34.6 to 77 kg/m2. Results Early complications occurred in 9.6% and were distributed as follows: 2.6% presented bleeding, intestinal obstruction occurred in 1.1%, peritoneal infections occurred in 3.2%, and 2.2% developed abdominal wall infections that required hospitalization. Three (0.5%) patients experienced pulmonary thromboembolism. The mortality rate was 0,55%. Conclusion The incidence of early complications was low. The diagnosis of these complications was mostly clinical, based on the presence of signs and symptoms. The value of the clinical signs and early treatment, specially in cases of sepsis, were essential to the favorable surgical outcome. The mortality was mainly related to thromboembolism and advanced age, over 65 years.
  • IMPROVEMENT OF INTESTINAL PERMEABILITY WITH ALANYL-GLUTAMINE IN HIV PATIENTS: Original Articles

    LEITE, Robério Dias; LIMA, Noélia Leal; LEITE, Christiane Araujo Chaves; FARHAT, Calil Kairalla; GUERRANT, Richard Littleton; LIMA, Aldo Angelo Moreira

    Abstract in Portuguese:

    Contexto A glutamina é a principal fonte de energia do enterócito e diarreia e perda de peso são frequentes em pacientes infectados pelo HIV. Objetivo Determinar o efeito da alanil-glutamina sobre a permeabilidade e a absorção intestinais nesses pacientes. Métodos Estudo duplo-cego, randomizado, controlado por placebo, utilizando doses isonitrogênicas de alanil-glutamina (24 g/dia) e de placebo (glicina, 25 g/dia) durante 10 dias. Antes e depois dessa suplementação nutricional a excreção urinária de lactulose e manitol foi determinada por cromatografia líquida de alta performance. Resultados Quarenta e seis pacientes com HIV/AIDS, sendo 36 do sexo masculino, com 37,28 ± 3 anos (média ± erro padrão) foram incluídos. Vinte e dois e 24 indivíduos foram tratados com alanil-glutamina e com glicina, respectivamente. Nos nove pacientes que relataram ter apresentado diarreia nos 14 dias anteriores ao início do estudo, a excreção urinária de manitol foi significativamente menor do que nos pacientes que não referiram essa queixa [mediana (intervalo): 10,51 (3,01-19,75) vs 15,37 (3,93-46,73), P = 0,0281] e a razão lactulose/manitol foi significativamente mais elevada [mediana (intervalo): 0,04 (0,00-2,89) vs 0,02 (0,00-0,19), P = 0,0317]. Constatou-se também aumento significativo na excreção urinária de manitol no grupo tratado com alanil-glutamina [mediana (intervalo): 14,38 (8,25-23,98), antes vs 21,24 (6,27-32,99) após o tratamento, n = 14, P = 0,0382]. Conclusão Os resultados do presente estudo sugerem que a integridade e a absorção intestinais são mais intensamente afetadas em pacientes com HIV/AIDS que tiveram diarreia recentemente. Adicionalmente, a suplementação nutricional com alanil-glutamina associou-se à melhoria na absorção intestinal.

    Abstract in English:

    Context Glutamine is the main source of energy of the enterocyte and diarrhea and weight loss are frequent in HIV infected patients. Objective To determine the effect of alanyl-glutamine supplementation on intestinal permeability and absorption in these patients. Methods Randomized double-blinded, placebo-controlled study using isonitrogenous doses of alanyl-glutamine (24 g/day) and placebo (glycine, 25 g/day) during 10 days. Before and after this nutritional supplementation lactulose and mannitol urinary excretion were determined by high performance liquid chromatography. Results Forty six patients with HIV/AIDS, 36 of whom were male, with 37.28 ± 3 (mean ± standard error) years were enrolled. Twenty two and 24 subjects were treated with alanyl-glutamine and with glycine respectively. In nine patients among all in the study protocol that reported diarrhea in the 14 days preceding the beginning of the study, mannitol urinary excretion was significantly lower than patients who did not report this symptom [median (range): 10.51 (3.01–19.75) vs. 15.37 (3.93–46.73); P = 0.0281] and lactulose/mannitol ratio was significantly higher [median (range): 0.04 (0.00–2.89) vs. 0.02 (0.00–0.19); P = 0.0317]. There was also a significant increase in mannitol urinary excretion in the group treated with alanyl-glutamine [median (range): 14.38 (8.25–23.98) before vs 21.24 (6.27–32.99) after treatment; n = 14, P = 0.0382]. Conclusion Our results suggest that the integrity and intestinal absorption are more intensely affected in patients with HIV/AIDS who recently have had diarrhea. Additionally, nutritional supplementation with alanyl-glutamine was associated with an improvement in intestinal absorption.
  • INCREASE INCOME AND MORTALITY OF COLORRECTAL CANCER IN BRAZIL, 2001-2009 Original Articles

    GUIMARÃES, Raphael Mendonça; ROCHA, Paulo Guilherme Molica; MUZI, Camila Drumind; RAMOS, Raquel de Souza

    Abstract in Portuguese:

    Contexto Diversos estudos internacionais têm observado uma correlação entre a melhora dos indicadores sociodemográficos e as taxas de incidência e mortalidade por câncer de cólon e reto. Objetivo O objetivo do presente estudo é estimar a correlação entre renda média per capita e a taxa de mortalidade por câncer colorretal no Brasil entre 2001 e 2009. Métodos Obteve-se os dados de desigualdade de renda (índice de Gini), população que vive com baixa renda (inferir a ½ salário mínimo/mês), renda média familiar, PIB per capita e taxa de mortalidade por câncer de cólon e reto entre 2001 e 2009 através do DATASUS. A análise de tendência foi realizada através do método de regressão linear, e a correlação entre as variáveis através do coeficiente de correlação de Pearson. Resultados Observou-se tendência ao declínio da pobreza e da desigualdade de renda, e incremento no PIB per capita e na renda média familiar e na taxa de mortalidade padronizada de câncer de cólon e reto no Brasil. Observou-se, ainda, correlação fortemente positiva entre a mortalidade por este sítio de câncer e desigualdade (homens r = -0,30, P = 0,06; mulheres r = -0,33, P = 0,05) de renda baixa renda(homens r = -0,80, P<0,001; mulheres r = -0,76, P<0,001), renda média familiar (homens r = 0,79, p = 0,06; mulheres r = 0,76, P<0,001) e PIB per capita (homens r = 0,73, P<0,001; mulheres r = 0,68, P<0,001) em todo o período estudado. Conclusão O incremento da renda e a redução da desigualdade podem parcialmente explicar o aumento da ocorrência do câncer de cólon e reto e isso possivelmente se deve ao acesso diferenciado a alimentos reconhecidos como fator de risco, como carne vermelha e os ricos em gordura. É importante, portanto, avaliar como prioridade dos programas de saúde pública a abordagem nutricional em países de economia intermediária, como é o caso do Brasil.

    Abstract in English:

    Context Several international studies have observed a correlation between the improvement of socio-demographic indicators and rates of incidence and mortality from cancer of the colon and rectum. Objective The objective of this study is to estimate the correlation between average per capita income and the rate of colorectal cancer mortality in Brazil between 2001 and 2009. Methods We obtained data on income inequality (Gini index), population with low incomes (½ infer the minimum wage/month), average family income, per capita ICP and mortality from colon cancer and straight between 2001-2009 by DATASUS. A trend analysis was performed using linear regression, and correlation between variables by Pearson's correlation coefficient. Results There was a declining trend in poverty and income inequality, and growth in ICP per capita and median family income and standardized mortality rate for colorectal cancer in Brazil. There was also strong positive correlation between mortality from this site of cancer and inequality (men r = -0.30, P = 0.06, women r = -0.33, P = 0.05) income low income (men r = -0.80, P<0.001, women r = -0.76, P<0.001), median family income (men r = 0.79, P = 0.06, women r = 0.76, P<0.001) and ICP per capita (men r = 0.73, P<0.001, women r = 0.68, P<0.001) throughout the study period. Conclusion The increase of income and reducing inequality may partially explain the increased occurrence of colorectal cancer and this is possibly due to differential access to food recognized as a risk factor, such as red meat and high in fat. It is important therefore to assess the priority of public health programs addressing nutrition in countries of intermediate economy, as is the case of Brazil.
  • EVALUATION OF THE ULTRASTRUCTURE OF THE SMALL INTESTINE OF HIV INFECTED CHILDREN BY TRANSMISSION AND SCANNING ELECTRONIC MICROSCOPY Pediatric Gastroenterology

    LEITE, Christiane Araujo Chaves; FAGUNDES-NETO, Ulysses; HAAPALAINEN, Edna Freymüller

    Abstract in Portuguese:

    Objetivos Descrever achados ultra-estruturais do intestino delgado de crianças infectadas pelo HIV. Métodos Estudo descritivo, observacional de biopsias do intestino delgado, realizada entre agosto de 1994 e maio de 1995 em São Paulo - Brasil. Este material pertencia a 11 crianças infectadas pelo HIV e foi armazenado em um laboratório em blocos de parafina. As amostras de intestino delgado foram analisadas por microscopia eletrônica de transmissão e de varredura e achados os achados ultra-estruturais foram descritos por meio da análise de fotos digitalizadas desse material. Foi obtida aprovação pelo Comitê de Ética. Resultados Na maioria das amostras a microscopia de varredura mostrou vários graus de encurtamento e diminuição do número das microvilosidades e até o completo apagamento dessas estruturas em algumas áreas. O desarranjo dos enterócitos foi visto com freqüência e, por vezes, os limites celulares estavam imprecisos. Em algumas áreas uma membrana fibrino-mucosa com espessura e extensão variáveis aparentava revestir parcial ou totalmente a superfície epitelial. Gotas de gordura no lúmen intestinal estavam presentes em várias amostras e bactérias morfologicamente semelhantes a bacilos foram observadas em duas amostras. A microscopia eletrônica de varredura confirmou as observações constatadas nas microvilosidades através da microscopia de transmissão e também mostrou pequenos “tufos” dessas estruturas. Além disso, mostrou aumento do número de vacúolos e de formações multivesiculares dentro de vários enterócitos, aumento da presença de linfócitos intraepiteliais, vacuolização mitocondrial e alargamento da membrana basal na maioria das amostras analisadas. No entanto, algumas amostras apresentavam-se com aspecto normal. Conclusões Nosso estudo mostrou a ocorrência comum de várias alterações ultra-estruturais intestinais importantes e de intensidade variável entre crianças infectadas pelo HIV, algumas delas, ao nosso conhecimento, não descritas anteriormente.

    Abstract in English:

    Objectives To describe HIV children's small intestinal ultrastructural findings. Methods Descriptive, observational study of small intestine biopsies performed between August 1994 and May 1995 at São Paulo, SP, Brazil. This material pertained to 11 HIV infected children and was stored in a laboratory in paraffin blocks. Scanning and transmission electronic microscopy were used to view those intestine samples and ultrastructural findings were described by analyzing digitalized photos of this material. Ethical Committee approval was obtained. Results In most samples scanning microscopy showed various degrees of shortening and decreasing number of microvilli and also completes effacements in some areas. Derangement of the enterocytes was seen frequently and sometimes cells well defined borders limits seemed to be loosened. In some areas a mucous-fibrin like membrane with variable thickness and extension appeared to partially or totally coat the epithelial surface. Fat drops were present in the intestinal lumen in various samples and a bacterium morphologically resembling bacilli was seen in two occasions. Scanning microscopy confirmed transmission microscopy microvilli findings and also showed little “tufts” of those structures. In addition, it showed an increased number of vacuoles and multivesicular bodies inside various enterocytes, an increased presence of intraepithelial lymphocytes, mitochondrial vacuolization and basement membrane enlargement in the majority of samples analyzed. However, some samples exhibited normal aspect. Conclusions Our study showed the common occurrence of various important intestinal ultrastructural alterations with variable degrees among HIV infected children, some of them in our knowledge not described before.
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. Rua Dr. Seng, 320, 01331-020 São Paulo - SP Brasil, Tel./Fax: +55 11 3147-6227 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: secretariaarqgastr@hospitaligesp.com.br