RESUMO
CONTEXTO:
Extratos obtidos de plantas e frutos fornecem uma alternativa relativamente segura e prática para os remédios convencionais de doenças gastrointestinais. A espécie Eugenia mattosii, popularmente conhecida no Brasil como “cerejinha”, pertence à família Myrtaceae. Espécies desta família apresentam propriedades farmacológicas e podem ser utilizadas no tratamento de distúrbios gastrointestinais.
OBJETIVO:
O objetivo deste estudo foi determinar o perfil fitoquímico e avaliar a atividade gastroprotetora dos frutos de Eugenia mattosii.
MÉTODOS:
A análise fitoquímica foi realizada por cromatografia em camada delgada e dois modelos experimentais foram utilizados para avaliação da atividade gastroprotetora em camundongos: modelo de úlcera gástrica induzida por anti-inflamatório não-esteroidal (indometacina) e modelo de úlcera gástrica induzida por etanol/HCl.
RESULTADOS:
Os resultados da análise fitoquímica indicaram que a casca e polpa e as sementes de E. mattosii apresentam compostos fenólicos, terpenos e/ou esteroides. No modelo de úlcera gástrica induzido pelo etanol, foi evidenciada redução significativa de áreas danificadas para doses de 50 e 250 mg/kg do extrato das sementes, enquanto no modelo de úlcera induzida por indometacina, todas as partes do fruto apresentaram capacidade de defesa da mucosa gástrica ao reduzir as lesões nas doses de 50, 125 e 250 mg/kg.
CONCLUSÃO:
Os resultados demonstram que a espécie E. mattosii possui compostos bioativos com atividade gastroprotetora, apresentando possível potencial terapêutico.
DESCRITORES:
Gastroenteropatias, terapia; Eugenia; Antiulcerosos, farmacologia; Mucosa gástrica, efeitos de drogas