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O reprocessamento de endoscópios pelo uso do glutaraldeído: a realidade em serviços de endoscopia de Goiânia, GO

CONTEXTO: A segurança do procedimento endoscópico depende do uso de um aparelho adequadamente reprocessado e a qualidade do reprocessamento está relacionada a cada uma das etapas operacionais desse processo. OBJETIVO: Caracterizar o reprocessamento de endoscópios pelo uso do glutaraldeído em serviços de endoscopia. MÉTODOS: Estudo conduzido em 20 serviços de endoscopia digestiva do município de Goiânia, GO. A amostra se constituiu de endoscópios utilizados para endoscopia digestiva alta. Os dados foram obtidos mediante observação direta de 60 reprocessamentos de endoscópios. Resultado - Foram observadas falhas em todas as etapas do reprocessamento. Em 24 (40,0%) endoscópios foi realizada a pré-lavagem. Na etapa da limpeza, foi identificado o uso inadequado do detergente enzimático e em 27 (45,0%) não foi realizada a escovação dos canais internos. Todos os 60 endoscópios foram submetidos ao desinfetante, entretanto para 33 (55,0%) não foi aspirado o produto nos canais internos. O tempo de exposição ao glutaraldeído foi observado apenas para 12 (20%) dos endoscópios. O enxágue de 54 (90,0%) dos endoscópios ocorreu com o uso de água não-filtrada e, para a secagem dos canais internos, apenas 6 (10,0%) utilizaram o ar comprimido. Foram identificadas condições adequadas para o armazenamento. CONCLUSÃO: Considerando as particularidades do reprocessamento dos endoscópios é imperativo estabelecer protocolos para assegurar a qualidade da desinfecção e a prevenção da contaminação cruzada.

Endoscópios gastrointestinais; Desinfecção; Contaminação de equipamentos; Glutaral


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