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Influência do gênero nas contrações do esôfago proximal

CONTEXTO: Há trabalhos que demonstram a existência de diferenças entre homens e mulheres na deglutição e nas contrações em parte distal do esôfago. OBJETIVO: Neste trabalho estuda-se a influência do gênero nas contrações em parte proximal do esôfago de pessoas assintomáticas. MÉTODO: Incluíram-se 20 homens (22-68 anos, mediana 39 anos) e 44 mulheres (18-61 anos, mediana 41 anos) sem doenças gastrointestinais, neurológicas ou respiratórias. Mediu-se o intervalo de tempo entre o início da contração em faringe 1 cm proximal ao esfíncter superior do esôfago e o início da contração em esôfago proximal 5 cm distal ao registro da faringe, e a amplitude, duração e área sob a curva da contração esofágica proximal. Utilizou-se o método manométrico com perfusão contínua. As contrações foram registradas em duplicata após a deglutição de 5 mL de água. RESULTADOS: Não se observaram diferenças entre homens e mulheres no intervalo entre a contração da faringe e do esôfago proximal, e na amplitude da contração do esôfago. A duração da contração foi maior nas mulheres (2,35 ± 0,60 s) do que nos homens (2,07 ± 0,62 s) mas o resultado não atingiu significância estatística (P = 0,087). A área sob a curva das contrações esofágicas foi maior nas mulheres (130,2 ± 55,2 mm Hg x s) do que nos homens (97,4 ± 49,4 mm Hg x s, P = 0,026). CONCLUSÃO: Observou-se que há diferença entre homens e mulheres nas contrações em esôfago proximal quando da deglutição de água, o que não deve ter importância clínica.

Esôfago, fisiologia; Identidade de gênero


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