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Associação do consumo da cafeína com o grau de fibrose hepática em pacientes com hepatite C crônica

Contexto

O consumo de cafeína tem sido relacionado à diminuição dos níveis de enzimas hepáticas e menor risco de fibrose em pacientes portadores do vírus da hepatite C.

Objetivo

O presente estudo tem por objetivo avaliar a associação do consumo da cafeína com a atividade inflamatória e o grau de fibrose hepática em pacientes com infecção pelo vírus da hepatite C.

Métodos

Estudo transversal, constituído por pacientes com infecção pelo vírus da hepatite C atendidos no ambulatório de Gastroenterologia do Complexo Hospitalar Santa Casa (Porto Alegre - Brasil). Os pacientes foram entrevistados e avaliados individualmente quanto ao consumo de cafeína e antropometria. A biópsia hepática foi realizada em um período de no máximo 36 meses antes da inclusão no estudo.

Resultados

Foram avaliados 113 pacientes, sendo 67 (59,3%) do sexo feminino, 48 (42,5%) apresentavam idade entre 52 e 62 anos, e 101 (89,4%) eram de cor branca. O consumo médio de cafeína foi de 251,41 ± 232,32 mg/dia, sendo que 70 (62%) pacientes consumiam até 250 mg/dia de cafeína. Não houve associação entre o consumo de cafeína e a atividade inflamatória na biópsia hepática. Por outro lado, quando avaliada a associação entre o consumo de cafeína e fibrose hepática observou-se relação inversa.

Conclusões

O maior consumo de cafeína apresentou associação com menor grau de fibrose hepática. Não houve associação entre o consumo de cafeína e a atividade inflamatória.

Cafeína; Hepatite C crônica; Cirrose hepática


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