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Laparoscopia versus laparotomia no reparo das hernias ventrais: revisão sistemática e meta-análise

Objetivo

Comparar as técnicas de laparoscopia e laparotomia para a correção de hérnia ventral quando relacionadas com as complicações perioperatórias, tempo de hospitalização, tempo cirúrgico e recorrência de hérnia.

Métodos

Foi realizada uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados, que incluiu estudos de quatro bases de dados (MEDLINE, Embase, Cochrane and LILACS) usando a combinação dos descritores (Hernia ventral) AND (Laparoscopia) AND (Laparotomia).

Resultados

Seis ensaios clínicos randomizados foram incluídos, totalizando 566 pacientes, sendo 283 no grupo da Laparoscopia e 283 no grupo da Laparotomia. A laparoscopia reduziu o risco de infecção da ferida operatória (NNT = 5) e a formação do seroma (NNH = 13) além do tempo de hospitalização (P = 0,02) quando comparado à laparotomia para a correção de hérnias ventrais. Além disso, a laparoscopia aumentou a incidência de enterotomia (NNH = 25), dor pós-operatória (NNH = 8) e o tempo cirúrgico(P = 0,0009) quando comparado à laparotomia. Não houve diferença significantiva em relação ao abscesso (P = 0,79), hematoma (P = 0,43) e recorrência de hérnias ventrais (P = 0,25).

Conclusões

Na correção de hérnias ventrais, o uso da técnica laparoscópica é efetiva para reduzir infecção de ferida operatória e a formação do seroma, assim como diminui o tempo de hospitalização.

Hérnia ventral; Laparoscopia; Laparotomia; Revisão


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