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Impacto da exposição à sífilis materna no sistema auditivo de recém-nascidos

RESUMO

Objetivo

Avaliar os achados audiológicos de recém-nascidos expostos à sífilis materna, tratada adequadamente na gestação.

Métodos

Estudo de coorte única não concorrente, realizado em um hospital público. Fizeram parte da amostra recém-nascidos filhos de mães que apresentaram sorologia positiva para sífilis e que realizaram o tratamento adequado durante a gestação, compondo o grupo estudo, e recém-nascidos sem indicadores de risco para deficiência auditiva, grupo comparação.

Resultados

Participaram do estudo 90 recém-nascidos, sendo 41 do grupo estudo e 49 do grupo comparação. No exame de emissões otoacústicas por estímulo transiente, todos apresentaram presença de resposta bilateralmente e, na comparação das amplitudes de respostas nas bandas de frequências de 3,0 kHz, 3,5 kHz e 4,0 kHz observou-se menor amplitude de resposta no grupo exposto, com diferença estatisticamente significativa para a frequência de 4 kHz à direita. Na análise das respostas do exame de potencial evocado auditivo de tronco encefálico, não se observou assimetria de resposta entre as orelhas que sugerisse alteração retrococlear e nem diferenças nos valores das latências absolutas ou intervalos interpicos, entre os grupos.

Conclusão

As respostas eletroacústicas foram discretamente inferiores nos recém-nascidos exposto à sífilis materna, enquanto que as respostas eletrofisiológicas foram semelhantes às encontradas na população de baixo risco para deficiência auditiva.

Palavras-chave:
Sífilis congênita; Sífilis; Audição; Eletrofisiologia; Recém-nascido

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