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Disfunções orofaciais em pacientes infantojuvenis com leucemia aguda

RESUMO

Objetivo

Identificar a ocorrência de disfunções orofaciais em pacientes infantojuvenis com leucemia aguda, submetidos à quimioterapia de remissão.

Métodos

Em um período de 16 meses, 40 pacientes com leucemias agudas, entre 3 e 18 anos de idade, foram admitidos em um hemocentro no estado do Amazonas. Destes, 23 foram incluídos neste estudo transversal e submetidos à avaliação das funções orofaciais, por meio do Nordic Orofacial Test-Screening (NOT-S), entre o trigésimo (D30) e o trigésimo terceiro dia (D33) da fase de indução da remissão. A presença de manifestações orais também foi avaliada por meio de exame clínico.

Resultados

Disfunção orofacial foi observada em, aproximadamente, metade dos casos avaliados (n=11). Destes pacientes, todos tiveram o domínio Secura de Boca (VI) alterado e 81,8% (n=9) apresentaram alteração no domínio Mastigação e Deglutição (IV). Mucosites em lábios, língua, soalho e orofaringe foram as lesões orais mais encontradas após a fase de indução. Houve associação entre a ocorrência de lesões orais nos pacientes avaliados e a presença de disfunção orofacial, segundo o NOT-S (IC 95%, p-valor = 0,027).

Conclusão

Sugere-se que a disfunção orofacial seja frequente na fase de indução da remissão em pacientes infantojuvenis com leucemias agudas. Estudos sobre as disfunções orofaciais nessa população, bem como sua relação com as lesões orais são necessários para melhor esclarecimento e compreensão dos impactos funcionais.

Palavras-chave:
Leucemia aguda; Disfunção orofacial; Manifestações orais; Sistema estomatognático; Disfagia

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