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Efeito inibitório da via eferente auditiva no transtorno de processamento auditivo central

RESUMO

Objetivo

verificar e comparar a ocorrência e magnitude do efeito inibitório da via auditiva eferente em crianças e adolescentes com processamento auditivo normal e alterado, identificando um valor de corte para uso na prática clínica.

Métodos

estudo prospectivo, com amostra composta por 30 crianças de 7 a 14 anos, sendo 15 com avaliação de processamento auditivo normal (grupo controle) e 15 com processamento auditivo alterado (grupo estudo). Ambos os grupos foram submetidos à anamnese e avaliados por meio dos testes de emissões otoacústicas evocadas por estímulos transientes na ausência e presença de ruído contralateral, avaliação audiológica básica e de processamento auditivo.

Resultados

houve menor ocorrência do efeito inibitório da via eferente no grupo estudo (p-valor=0,038). Os valores médios obtidos no grupo controle foram 0,71 na orelha direita e 0,87 na orelha esquerda e no grupo estudo, 0,55 na orelha direita e 0,41 na orelha esquerda. Os grupos controle e estudo diferiram de modo significativo na orelha esquerda.

Conclusão

houve redução do efeito inibitório da via eferente em crianças e adolescentes com transtorno de processamento auditivo, sugerindo alteração funcional do sistema eferente olivococlear medial. O valor que separou as crianças com e sem alteração do sistema eferente foi de 0,55 dB na prática clínica, com 70% de sensibilidade e 66,7% de especificidade.

Palavras-chave:
Audição; Vias auditivas; Emissões otoacústicas espontâneas; Transtorno da percepção auditiva; Vias eferentes

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