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Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, Volume: 83, Número: 5, Publicado: 2020
  • 2020 e agora: o que foi realizado na prevenção da cegueira e o que vem a seguir? Editorial

    Furtado, João M.; Reis, Túlio Frade; Eckert, Kristen A.; Lansingh, Van C.
  • Resultados cirúrgicos para correção de buraco macular com gás SF6 a 25% com e sem orientação postural: Série retrospectiva de casos Original Article

    Bastos, Andre Luis Carvalho de Moura; Ávila, Marcos Pereira de; Isaac, David Leonardo Cruvinel; Aguiar, Levy Paz; Aguiar, Aline Guerreiro

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivos: Comparar as taxas de sucesso anatômico da vitrectomia e tamponamento de gás SF6 na cirurgia de buraco macular com e sem a postura pronada pós-operatória. Métodos: Foi realizado um estudo observacional, longitudinal e retrospectivo de séries de casos. O estudo incluiu 52 olhos de 52 pacientes submetidos à vitrectomia posterior via pars-plana com peeling de membrana limitante interna auxiliada por azul trypan e tamponamento com gás SF6 a 25% para os estágios 2, 3 e 4 dos buracos maculares. Após a cirurgia, todos os pacientes foram orientados a manter um regime postural pós-operatório: 31 pacientes foram orientados a não realizar posição pronada de cabeça, enquanto 21 foram orientados a manter uma pronada pós-operatória por 7 dias. O objetivo principal foi a análise da taxa de fechamento do buraco macular. A análise estatística foi realizada usando Epi-Info 7.1. Resultados: Um total de 47 (90,3%) pacientes obtiveram fechamento do buraco macular. O grupo de postura não pronada e o grupo de postura pronada obtiveram taxas de fechamento de 90,3%, e 90,4%, respectivamente; essas taxas não foram significativamente diferentes. A análise estatística revelou que não houve diferenças significativas relacionadas ao gênero, idade, duração do buraco macular, estágio do buraco macular, acuidade visual corrigida pré e pós-operatória entre os dois grupos. Conclusão: Nossos resultados sugerem que a cirurgia para buraco macular com o uso de gás de curta duração (SF6) é segura e eficaz e que a manutenção de uma orientação pós-operatória de não-pronada também é segura. No entanto, essas recomendações devem ser avaliadas em um estudo prospectivo e randomizado para delinear de forma abrangente os riscos e benefícios associados.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: This study aims to compare the anatomical success rates of vitrectomy and SF6 gas tamponade for macular hole surgery with and without postoperative face-down posturing. Methods: This was an observational, longitudinal, and retrospective case series analysis. The study included 52 eyes from 52 patients who underwent pars plana vitrectomy with trypan blue-assisted internal limiting membrane peeling and 25% SF6 tamponade for stages 2, 3, and 4 macular holes. After surgery, all patients were provided with a postoperative postural regimen: 31 patients were instructed not to maintain face-down posturing, whereas 21 were instructed to maintain face-down posturing for 7 days. The primary outcome measure was the macular hole closure rate. Statistical analysis was performed using Epi Info 7.1. Results: A total of 47 (90.3%) patients achieved hole closure. The nonface-down posturing group and face-down posturing group obtained closure rates of 90.3% and 90.4%, respectively; these rates were not significantly different. Statistical analysis revealed that no significant differences existed in sex, age, hole duration, hole stage, preoperative visual acuity, or postoperative visual acuity between the two groups. Conclusion: Our results suggest that macular hole surgery with the use of short duration gas (SF6) is safe and effective and that maintaining a postural orientation of nonface-down posturing is also safe. However, these recommendations should be assessed further in a prospective and randomized study to comprehensively delineate the associated benefits and risks.
  • Modelo teórico para cálculos do tamanho de punção de enxerto para evitar dobras na membrana de Descemet após ceratoplastia lamelar anterior profunda Original Article

    Genc, Selim; Esen, Fehim; Guler, Emre; Çakir, Hanefi

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: O comprimento da membrana de Descemet e o tamanho do enxerto doador na ceratoplastia lamelar anterior profunda não coincidem em córneas muito íngremes, o que pode levar às dobras da membrana de Descemet. O objetivo deste estudo é estabelecer um modelo teórico para cálculo do tamanho do enxerto para ceratoplastia lamelar anterior profunda e avaliar a sua eficácia na prevenção de dobras da membrana de Descemet. Métodos: Calculamos o diâmetro do arco do leito receptor usando a fórmula do cosseno e desenvolvemos uma tabela para auxiliar os cirurgiões na seleção do tamanho da punção no doador. Para testar a utilidade dessa fórmula, avaliamos o desenvolvimento das dobras da membrana de Descemet em pacientes com ceratocone com córneas muito íngremes (K>60D). No grupo 1, foram realizadas cirurgias de ceratoplastia lamelar anterior profunda, utilizando tamanhos de enxerto que foram determinados com base em nosso modelo (n=31). No grupo 2, os tamanhos dos enxertos foram determinados com base no julgamento empírico do cirurgião sem qualquer cálculo formal (n=30). Resultados: Nossos cálculos teóricos demonstraram que o diâmetro dos tamanhos da punção do doador necessários para evitar as dobras na membrana de Descemet aumenta quando a córnea é mais íngreme ou o tamanho da trefina é maior. Testamos a eficácia deste modelo no resultado clínico da ceratoplastia lamelar anterior profunda. A média de idade (28,9 ± 10,1 anos vs. 32,8 ± 8,3 anos, p=0,11) e K1 pré-operatório (59,2 ± 9,3 D vs. 58,1 ± 9,4 D, p=0,67), K2 (66,2 ± 6,0 D vs. 65,7 ± 7,4) D, p=0,81) e Km (62,1 ± 7,7 D vs. 61,8 ± 8,1 D, p=0,88) foram semelhantes entre os dois grupos. Três pacientes desenvolve ram dobras na membrana de Descemet no grupo 2, e nenhum dos pacientes desenvolveu dobras na membrana de Descemet no grupo 1. Estes resultados apoiam nossos cálculos teóricos. Conclusão: O ajuste do tamanho do enxerto doador com base no diâmetro do arco calculado do leito receptor reduziu o desenvolvimento das dobras na membrana de Descemet após ceratoplastia lamelar anterior profunda em córneas íngremes.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: The length of Descemet’s membrane and donor graft sizes in deep anterior lamellar keratoplasty do not match in very steep corneas, which can lead to Descemet’s membrane folds. The aim of this study is to establish a theoretical model for graft size calculations for deep anterior lamellar keratoplasty and evaluate its efficacy for preventing Descemet’s membrane folds. Methods: We calculated the arc diameter of the recipient bed by using the cosine formula and developed a table to aid surgeons in donor punch size selection. To test the usefulness of this formula, we evaluated the development of Descemet’s membrane folds in keratoconus patients with very steep corneas (K >60 D). In group 1, deep anterior lamellar keratoplasty surgeries were performed using graft sizes that were determined based on our model (n=31). In group 2, graft sizes were determined based on the empirical judgment of the surgeon without any formal calculation (n=30). Results: Our theoretical calculations demonstrated that the diameter of donor punch sizes needed to prevent Descemet’s membrane fold increases when the cornea is steeper, or the trephine size is larger. We tested the efficacy of this model on the clinical outcome of deep anterior lamellar keratoplasty. The mean age (28.9 ± 10.1 years vs. 32.8 ± 8.3 years, p=0.11) and preoperative K1 (59.2 ± 9.3 D vs. 58.1 ± 9.4 D, p=0.67), K2 (66.2 ± 6.0 D vs. 65.7 ± 7.4 D, p=0.81), and Km values (62.1 ± 7.7 D vs. 61.8 ± 8.1 D, p=0.88) were similar between the two groups. Three patients developed Descemet’s membrane folds in group 2, and none of the patients developed Descemet’s membrane folds in group 1. These results supported our theo retical calculations. Conclusion: Adjustment of donor graft size based on the calculated arc diameter of the recipient bed reduced the development of Descemet’s membrane folds after deep anterior lamellar keratoplasty in steep corneas.
  • Alterações na espessura do complexo de células ganglionares após tratamento anti-VEGF para edema macular diabético Original Article

    Ciloglu, Emine; Unal, Fikret; Dogan, Nese Cetin

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Avaliar as alterações do complexo tomográfico das células ganglionares em pacientes com edema macular diabético tratados com injeções intravítreas do fator de crescimento endotelial anti-vascular (anti-VEGF). Métodos: Analisamos dados de 35 olhos de 35 pacientes previamente não tratados nos quais o edema macular diabético melhorou após três doses de injeção de anti-VEGF e que não receberam injeções repetidas. Registramos avaliações da tomografia de coerência óptica de domínio espectral do complexo de células ganglionares e da espessura macular central na linha de base e mensalmente por três meses e, também no sexto e nono mês após o tratamento. Comparamos os resultados com os olhos não afetados nos mesmos pacientes e com os de um grupo controle de pacientes com edema macular diabético que não foram tratados. Resultados: A média da idade dos pacientes no grupo de tratamento foi de 60 ± 4,38 anos. As espessuras foveais medidas pela tomografia de coerência óptica diminuiram significativamente desde o início até o terceiro mês após a injeção (p<0,05). A espessura média do complexo de células ganglionares foi de 115,08 ± 16,72 µm antes da primeira injeção e 101,05 ± 12,67 µm após a terceira injeção (p<0,05). A média do complexo de célula ganglionar foi de 110,04 ± 15,07 µm no sexto mês (p>0,05) e 113,12 ± 11,15 µm no nono mês (p>0,05). Encontramos uma diferença significativa entre os pacientes e o grupo controle quanto à média da espessura do complexo de células ganglionares no segundo e terceiro meses após a injeção (p<0,05). Conclusão: Nosso estudo mostrou que a espessura do complexo de células ganglionares em pacientes com edema macular diabético diminuiu após as injeções de anti-VEGF. Não podemos determinar se a diminuição da espessura do complexo de células ganglionares ocorreu devido aos efeitos dos agentes anti-VEGF ou ao curso natural da doença.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: To assess tomographic ganglion cell complex changes in patients with diabetic macular edema treated with intravitreal injections of anti-vascular endothelial growth factor (anti-VEGF). Methods: We analyzed data from 35 eyes of 35 previously untreated patients in whom diabetic macular edema improved after three loading doses of anti-VEGF injection and who did not receive repeated injections. We recorded spectral domain-optical coherence tomography assessments of ganglion cell complex and central macular thickness at baseline and monthly for three months, and on the sixth and ninth month after treatment. We compared the results with those of the unaffected eyes in the same patients and with those in a control group of patients with diabetic macular edema who were untreated. Results: The mean age of the patients in the treatment group was 60 ± 4.38 years. The foveal thicknesses measured using optical coherence tomography decreased significantly from baseline to the third month post-injection (p<0.05). The mean ganglion cell complex thickness was 115.08 ± 16.72 µm before the first injection and 101.05 ± 12.67 µm after the third injection (p<0.05). The mean ganglion cell complex was 110.04 ± 15.07 µm on the sixth month (p>0.05) and 113.12 ± 11.15 µm on the ninth month (p>0.05). We found a significant difference between the patients and the control group in terms of mean ganglion cell complex thickness on the second- and third-months post-injection (p<0.05). Conclusion: Our study showed that the ganglion cell complex thickness in patients with diabetic macular edema decreased after the anti-VEGF injections. We cannot ascertain whether the ganglion cell complex thickness decreases were due to effects of the anti-VEGF agents or to the natural disease course.
  • Níveis de proteína de choque térmico 70, de periostina e de irisina no humor aquoso em pacientes com pseudoexfoliação Original Article

    Güler, Mete; Aydın, Süleyman; Urfalıoğlu, Selma; Yardım, Meltem

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Comparar os níveis de proteína de choque térmico 70, de periostina e de irisina no humor aquoso de pacientes com pseudoexfoliação com catarata sem glaucoma e compará-los com pacientes com catarata sem pseudoexfoliação. Métodos: Trinta e um olhos de 31 pacientes com pseudoexfoliação com catarata sem glaucoma e 30 olhos de 30 indivíduos com catarata foram incluídos neste estudo. Amostras de humor aquoso foram coletadas de todos os pacientes no momento da cirurgia de catarata e obtidas através de uma paracentese límbica por meio de uma cânula de calibre 25 acoplada a uma seringa com tuberculina. Foram coletados 100 a 150 µL de humor aquoso. Os níveis de proteína de choque térmico 70, de periostina e de irisina no humor aquoso foram medidos usando o método de ensaio imunossorvente ligado a enzima. Resultados: A média da idade (p=0,221) e sexo (p=0,530) foram semelhantes entre os grupos pseudoexfoliação e controle. Os níveis médios de proteína de choque térmico 70 foram 29,22 ± 9,46 ng/mL (17,88-74,46) e 19,03 ± 7,05 ng/ mL (9,93-35,52) nos grupos pseudoexfoliação e controle, respectivamente. Os níveis de proteína de choque térmico 70 foram maiores no grupo pseudoexfoliação (p<0,0001). O nível médio de periostina foi de 6017,32 ± 1271,79 pg/mL (3787,50-10803,57) no grupo pseudoexfoliação e 4073,63 ± 1422,79 pg/mL (2110,44-7490,64) no grupo controle. O nível médio de periostina também foi maior no grupo pseudoexfoliação (p<0,0001). Os níveis médios de irisina foram 53,77 ± 10,19 ng/mL (29,46-71,16) e 39,29 ± 13,58 ng/mL (19,41-70,56) nos grupos pseudoexfoliação e controle, respectivamente. O nível médio de irisina foi maior no grupo pseudoexfoliação do que no grupo controle (p<0,0001). Conclusões: Os níveis de proteína de choque térmico 70, de periostina e de irisina aumentam no humor aquoso de pacientes com pseudoexfoliação sem glaucoma.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: To measure humor heat-shock protein 70, periostin, and irisin levels in patients with pseudoexfoliation syndrome and cataract (without glaucoma), and compare them with those of patients with cataract but without pseudoexfoliation. Methods: We examined 31 eyes of 31 patients with pseudoexfoliation and cataract (without glaucoma) and 30 eyes of 30 patients with cataract. We collected aqueous humor samples from all patients at the time of cataract surgery through a limbal paracentesis via a 25-gauge cannula mounted on a tuberculin syringe that received 100 to 150 µL of aqueous humor. We measured levels of aqueous humor Heat shock protein 70, periostin, and irisin using enzyme-linked immunosorbent assay methods. Results: The age (p=0.221) and gender (p=0.530) means were similar between the pseudoexfoliation and control groups. The mean Heat shock protein 70 level (29.22 ± 9.46 ng/mL; 17.88-74.46) in the pseudoexfoliation group was significantly higher than that in the control group (19.03 ± 7.05 ng/mL; 9.93-35.52; p<0.0001). The mean periostin level was significantly higher (6017.32 ± 1271.79 pg/mL; 3787.50-10803.57) in the pseu doexfoliation group than that in the control group (4073.63 ± 1422.79 pg/mL; 2110.44-7490.64; p<0.0001). The mean irisin level (53.77 ± 10.19 ng/mL; 29.46-71.16) was significantly higher than that in the control group (39.29 ± 13.58 ng/mL; 19.41-70.56; p<0.0001). Conclusions: Heat shock protein 70, periostin, and irisin levels increase in the aqueous humor of patients with pseudoexfoliation without glaucoma.
  • Espessura retiniana interna e medidas do disco óptico na obesidade pediátrica Original Article

    Pekel, Evre; Altıncık, Selda Ayça; Pekel, Gökhan

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar os parâmetros da cabeça do nervo óptico e a espessura da camada interna da retina em crianças e adolescentes obesos. Métodos: Quarenta e um olhos de 41 participantes pediátricos obesos e 41 olhos de 41 controles saudáveis pareados por idade e sexo foram incluídos neste estudo. O índice de massa corporal foi calculado com base no sexo e na idade, utilizando medidas de peso e estatura corporal. Os valores de lipídios no sangue (colesterol, lipoproteína de baixa e alta densidade e triglicérides) foram medidos nos participantes obesos. A tomografia de coerência óptica foi usada para examinar os parâmetros da cabeça do nervo óptico, incluindo a área da borda, área do disco, razão escavação/disco, volume da escavação, espessura s camadas de fibra nervosa da retina e as camadas plexiformes internas das células ganglionares da mácula. Resultados: Os parâmetros do disco óptico foram semelhantes em crianças obesas e saudáveis (p>0,05). A porcentagem da simetria da espessura da camada de fibras nervosas da retina binocular foi significativamente diferente entre os grupos obesos e controle (p=0,003). Comparados ao grupo controle, os participantes do grupo obeso exibiram camadas mais finas de fibras nervosas da retina nos quadrantes superiores (p=0,04) e camadas plexiformes mais finas da célula ganglionar interna nos setores temporal superior (p=0,04). Não houve correlação significante entre os parâmetros oculares e os valores dos exames de sangue lipídico avaliados neste estudo (p>0,05). O índice de massa corporal foi significativamente correlacionado negativamente com a espessura média da camada de fibras nervosas da retina (r=-0,33, p=0,03) no grupo obeso. Não houve correlação significativa entre a pressão intraocular e o índice de massa corporal (r=0,05, p=0,74). Conclusão: Comparadas às crianças saudáveis, as crianças obe sas apresentaram maior assimetria binocular na espessura da ca mada de fibras nervosas da retina e fibras nervosas da retina mais finas e camadas plexiformes internas das células ganglionares em vários setores. Os níveis de lipídios no sangue não foram associados à espessura da retina ou aos parâmetros do disco óptico em crianças obesas.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: This study aimed to evaluate optic nerve head parameters and inner retinal layer thicknesses in obese children and adolescents. Methods: Forty-one eyes of 41 pediatric obese participants and 41 eyes of 41 age- and sex-matched healthy controls were included in this study. Body mass index was calculated, based on sex and age, using body weight and height measurements. Blood lipid values (i.e., cholesterol, low-density lipoprotein, high-density lipoprotein, and triglyceride) were measured in obese participants. Optical coherence tomography was used to examine optic nerve head parameters, including rim area, disc area, cup-to-disc ratio, and cup volume, as well as the thicknesses of retinal nerve fiber layers and macular ganglion cell-inner plexiform layers. Results: Optic disc parameters were similar in obese and healthy children (p>0.05). The percentage of binocular retinal nerve fiber layer thickness symmetry was significantly different between obese and control groups (p=0.003). Compared to the control group, participants in the obese group exhibited thinner retinal nerve fiber layers in the superior quadrants (p=0.04) and thinner ganglion cell-inner plexiform layers in the superior-temporal sectors (p=0.04). There were no statistically significant correlations between the ocular parameters and lipid blood test values assessed in this study (p>0.05). Body mass index was significantly negatively correlated with the mean retinal nerve fiber layer thickness (r=-0.33, p=0.03) in the obese group. There was no significant correlation between intraocular pressure and body mass index (r=0.05, p=0.74). Conclusion: Compared to healthy children, obese children had greater binocular retinal nerve fiber layer thickness asymmetry and thinner retinal nerve fiber and ganglion cell-inner plexiform layers in several sectors. Blood lipid levels were not associated with retinal thickness or optic disc parameters in obese children.
  • Afinamento da camada de células ganglionares em pacientes diabéticos sem retinopatia: relacionados ou não à espessura macular total? Original Article

    Somilleda-Ventura, Selma A.; Blanco-Hernández, Dulce M. Razo; Ocampo-Moreno, Itzel; Lima-Gómez, Virgilio

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Pode ocorrer redução da espessura da camada de células ganglionares em pacientes diabéticos sem retinopatia. As relações desse achado pré-clínico com a espessura da retina ou a densidade reduzida de vasos parafoveais não foram estabelecidas. Este estudo investigou as relações da espessura da camada de células ganglionares com a espessura da retina e densidade dos vasos parafoveais em pacientes com e sem diabetes. Métodos: Estudo prospectivo, observacional, transversal que utilizou angiotomografia de coerência óptica para comparar pacientes não diabéticos (grupo 1) com pacientes diabéticos sem retinopatia (grupo 2). As médias da espessura da camada de células ganglionares, espessura macular e densidade dos vasos parafoveais (central, interno e completo) foram comparadas entre os grupos (teste U de Mann-Whitney) e suas relações foram avaliadas em cada grupo (Teste de Spearman Rho). Resultados: No total, 68 olhos foram incluídos neste estudo: 34 no grupo 1 e 34 no grupo 2. A espessura da camada de células ganglionares não diferiu entre os grupos em nenhum setor. Houve fortes correlações positivas entre os campos 2 (parafoveal superior), 3 (parafoveal temporal) e 4 (parafoveal inferior) do mapa da espessura macular da tomografia de coerência óptica e a espessura da camada de células ganglionares em todos os setores dos dois grupos. A média da densidade central dos vasos foi menor nos pacientes diabéticos. Somente no grupo 1, as alterações de espessura da camada de células ganglionares nos setores inferior e nasal inferior foram parcialmente explicadas pela densidade do vaso interno (r2=0,32 e r2=0,27). Conclusões: A média da espessura da camada de células ganglionares não foi menor em pacientes diabéticos sem retinopatia do que em pacientes não diabéticos. Além disso, exibiu uma correlação substancial com a espessura macular total. A densidade dos vasos parafoveais diminui antes do desbaste da camada de células ganglionares.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: Reduction of ganglion cell layer thickness may occur in diabetic patients without retinopathy. The relationships of this preclinical finding with retinal thickness or reduced parafoveal vessel density have not been established. This study investigated the relationships of ganglion cell layer thickness with retinal thickness and parafoveal vessel density in patients with and without diabetes. Methods: This was an observational, cross-sectional, prospective study that used optical coherence tomography angiography to compare non-diabetic patients (group 1) with diabetic patients without retinopathy (group 2). Ganglion cell layer thickness, macular thickness, and parafoveal vessel density (central, inner, and complete) medians were compared between groups (Mann-Whitney U test), and their relationships were assessed in each group (Spearman Rho test). Results: In total, 68 eyes were included in this study: 34 in group 1 and 34 in group 2. Ganglion cell layer thickness did not differ between groups in any sector. There were strong positive correlations between fields 2 (superior parafoveal), 3 (temporal parafoveal), and 4 (inferior parafoveal) of the optical coherence tomography macular thickness map and the ganglion cell layer thickness in all sectors in both groups. Central vessel density mean was lower in diabetic patients. In group 1 alone, thickness changes in the inferior and nasal inferior ganglion cell layer sectors were partially explained by inner vessel density (r2=0.32 and r2=0.27). Conclusions: Mean ganglion cell layer thickness was not lower in diabetic patients without retinopathy than in non-diabetic patients. Moreover, it exhibited a substantial correlation with total macular thickness. Parafoveal vessel density decreased before ganglion cell layer thinning was observed.
  • Três versus cinco injeções intravítreas de aflibercept como carga inicial do tratamento de edema macular diabético: resultados de um ano Original Article

    Cakir, Akin; Erden, Burak; Bolukbasi, Selim; Sever, Ozkan; Erkul, Sezin Ozdogan; Osmanbasoglu, Ozen Ayranci; Karaca, Gulderen; Elcioglu, Mustafa Nuri

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Comparar a eficácia de três injeções intravítreas mensais iniciais de aflibercept, seguidas de dosagem de pro re nata (3+PRN) versus cinco injeções mensais iniciais intravítreas de aflibercept, seguidas de doses de pro re nata (5 + PRN) em pacientes com edema macular diabético. Métodos: Foram analisados neste estudo retrospectivo e comparativo 60 pacientes que não receberam tratamento prévio com edema macular e foram submetidos a injeções intravítreas de aflibercept (2 mg/0,05 mL) com pelo menos um ano de acompanhamento. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com o número de injeções intravítreas de aflibercept administradas na fase inicial. O grupo 3+PRN compreendeu 27 pacientes, enquanto o grupo 5+PRN compreendeu 33 pacientes. Os resultados visuais e anatômicos foram comparados entre os dois grupos no período inicial e aos 3, 6, 9 e 12 meses. Resultados: Tanto os grupos 3+PRN quanto 5+PRN mostraram melhoras estatisticamente significativas na acuidade visual melhor corrigida e na espessura macular central ao longo do período de estudo (p<0,001 e p <0,001, respectivamente). Não houve diferenças significativas entre os dois grupos em termos de alterações na acuidade visual melhor corrigida e na espessura macular central (p=0,453 e p=0,784, respectivamente). O número médio de injeções intravítreas de aflibercept foi significativamente maior no grupo 5+PRN (6,1 ± 0,8) do que no grupo 3+PRN (3,9 ± 0,8) (p <0,001). Conclusão: Os regimes 3+PRN e 5+PRN mostraram resultados visuais e anatômicos semelhantes em 12 meses após o tratamento com injeções intravítreas de aflibercept em pacientes com edema macular.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: To compare the efficacy of three initial monthly intravitreal aflibercept injections followed by pro re nata (3+PRN) dosing versus five initial monthly intravitreal aflibercept injections followed by pro re nata (5+PRN) dosing in patients with diabetic macular edema. Methods: A total of 60 treatment-naïve patients with macular edema who underwent intravitreal aflibercept injections (2 mg/0.05 mL) with at least one year of follow-up were analyzed in this retrospective and comparative study. The patients were divided into two groups according to the number of intravitreal aflibercept injections administered in the loading phase. The 3+PRN group comprised 27 patients, whereas the 5+PRN group comprised 33 patients. The visual and anatomical outcomes were compared between the two groups at baseline and at 3, 6, 9, and 12 months. Results: Both 3+PRN and 5+PRN, showed statistically significant improvements in the best-corrected visual acuity and central macular thicknesse throughout the study period (p<0.001 and, p<0.001, respectively). There were no significant differences between the two groups in terms of changes in the best-corrected visual acuity and central macular thickness (p=0.453 and, p=0.784, respectively). The mean number of intravitreal aflibercept injections was significantly greater in the 5+PRN group (6.1 ± 0.8) than in the 3+PRN group (3.9 ± 0.8) (p<0.001). Conclusion: The 3+PRN and 5+PRN regimens showed similar 12-month visual and anatomical outcomes following treatment with intravitreal aflibercept injections in patients with macular edema.
  • Terapia com imunomodulador ou vitrectomia para manejo de uveíte intermediária complicada: estudo clínico prospectivo e randomizado Original Article

    Shalaby, Osama; Saeed, Ahmed; Elmohamady, Mohamed Nagy

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Comparar os benefícios e efeitos co laterais da vitrectomia via pars plana com os da terapia imunomo duladora sistêmica em pacientes com uveíte intermediária complicada. Métodos: Estudo clínico prospectivo incluiu pacientes com uveíte intermediária recorrente que apresentaram melhora minima da acuidade visual, apesar das injeções perioculares de esteroides. Vinte pacientes foram randomizados para o grupo de vitrectomia via pars plana ou esteróide oral e ciclosporina A (10 olhos de 10 pacientes por grupo). O acompanhamento foi de 24 meses para estudar al te rações na acuidade visual, o escore da oftalmoscopia binocular indireta, a angiofluoresceinografia e achados na to mográfica de coerência óptica. Resultados: A acuidade visual (logaritmo do ângulo mínimo de resolução) melhorou significativamente de 0,71 para 0,42 (p=0,001) no grupo cirúrgico, enquanto melhorou de 0,68 para 0,43 (p=0,001) no grupo da terapia imunomoduladora. Sete pacientes (70%) no grupo cirúrgico ganharam ≥2 linhas e seis pacientes (60%) no grupo da terapia imunomoduladora ganharam ≥2 linhas (p=0,970). Os estudos de angiofluoresceinografia e tomografia de coerência óptica mostraram que seis dos sete pacientes da vitrectomia via pars plana que apresentaram edema macular cistóide melhoraram, enquanto dois pacientes com edema macular difuso não apresentaram melhora. No grupo da terapia imunomoduladora, três dos seis pacientes com edema macular cistoide não apresentaram melhora, enquanto dois pacientes com edema macular difuso melhoraram. Conclusões: A vitrectomia via pars plana e a terapia imunomoduladora resultaram em melhora significative da função visual dos pacientes com inflamação persistente secundária a uveíte intermediária crônica. Apesar desse sucesso, continua sendo necessário determinar as melhores indicações para o uso de cada modalidade. A terapia imunomoduladora foi bem sucedida no tratamento do edema macular difuso associado à uveíte intermediária crônica, enquanto a vitrectomia via pars plana não foi.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: To compare the benefits and side effects of pars plana vitrectomy with those of systemic immune modulator therapy for patients with complicated intermediate uveitis. Methods: This prospective clinical trial enrolled patients with recurrent intermediate uveitis who exhibited minimal improvement of visual acuity, despite injections of periocular steroids. Twenty patients were randomized to the pars plana vitrectomy group or oral steroid and cyclosporine-A group (10 eyes of 10 patients per group). Follow-up was performed for 24 months to study changes in visual acuity, binocular indirect ophthalmoscopy score, fluorescein angiography, and optical coherence tomography findings. Results: Visual acuity (logarithm of the minimal angle of resolution) significantly improved from 0.71 to 0.42 (p=0.001) in the surgical group, whereas it improved from 0.68 to 0.43 (p=0.001) in the immune modulator therapy group. Seven patients (70%) in the surgical group gained ≥2 lines, and six patients (60%) in the immune modulator therapy group gained ≥2 lines (p=0.970). Fluorescein angiography and optical coherence tomography studies showed that six of seven pars plana vitrectomy patients who had cystoid macular edema experienced improvement, whereas two patients with diffuse macular edema did not experience improvement. In the immune modulator therapy group, three of six patients with cystoid macular edema did not experience improvement, whereas two patients with diffuse macular edema experienced improvement. Conclusions: Pars plana vitrectomy and immune modulator therapy resulted in significant improvement in visual function in patients with persistent inflammation secondary to chronic intermediate uveitis. Despite this success, there remains a need for the determination of optimal indications for the use of each modality. Immune modulator therapy was successful for the treatment of diffuse macular edema associated with chronic intermediate uveitis, whereas pars plana vitrectomy was not.
  • Detecção por tomografia de coerência óptica das alterações da retina interna e da espessura de coroide em pacientes com retinite pigmentosa precoce Original Article

    Akay, Fahrettin; Akmaz, Berkay; Güven, Yusuf Ziya

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Avaliar as espessuras internas da retina e da coroide em pacientes com retinite pigmentosa precoce. Métodos: Foram analisadas imagens de tomografia de coerência óptica de domínio espectral de 35 pacientes com retinite pigmentosa e 40 indivíduos saudáveis. Medimos a espessura do complexo de células maculares e ganglionares. Realizamos medições da espessura da coroide na região subfoveal e a 500 mm, 1000 mm e 1500 mm do centro da fóvea. Resultados: Pacientes com retinite pigmentosa apresentaram espessuras maculares e da coroide significativamente mais finas em todas as medições e suas medidas individuais da espessura do complexo de células ganglionares foram inferiores às de indivíduos saudáveis. A espessura média do complexo de células ganglionares foi significativamente menor nos pacientes com retinite pigmentosa do que nos controles. A espessura macular média foi significativamente correlacionada com as espessuras médias do complexo das células de coroide e das células ganglionares médias. Não encontramos correlação entre a espessura media da coroide e a espessura media do complexo de células ganglionares. Conclusões: A coroide foi levemente afetada em nossos pacientes com retinite pigmentosa precoce. A tendência à significância na retina interna foi possivelmente causada por uma boa acuidade visual.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purpose: To evaluate the inner retinal and choroidal thicknesses in patients with early retinitis pigmentosa. Methods: We analyzed spectral-domain optical coherence tomography images of 35 retinitis pigmentosa patients and 40 healthy individuals. We measured macular and ganglion cell complex thicknesses. We took choroidal thickness measurements in the subfoveal region and 500, 1,000, and 1,500 mm from the foveal center. Results: Patients with retinitis pigmentosa had significantly thinner macular thicknesses and choroidal thicknesses in all measurements, and their individual ganglion cell complex thickness measurements were lower than those in healthy individuals. The mean ganglion cell complex thickness was significantly lower in patients with retinitis pigmentosa than that in controls. The mean macular thickness was significantly correlated with the mean choroidal and mean ganglion cell complex thicknesses. (We found no correlation between the mean choroidal thickness and the mean ganglion cell complex thickness). Conclusions: The choroid was mildly affected in our patients with early retinitis pigmentosa. The tendency toward significance in the inner retina was possibly caused by a good visual acuity.
  • Alterações no fluxo sanguíneo ocular e na espessura da coroide após stent de artéria carótida Original Article

    Biberoglu, Esra; Eraslan, Muhsin; Midi, Ipek; Baltacioglu, Feyyaz; Bitargil, Macit

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivos: Avaliar alterações no fluxo sanguíneo ocular e na espessura da coroide subfoveal em pacientes com estenose sintomática da artéria carótida, após implante de stent nessa artéria. Métodos: Foram incluídos 15 homens (idade média de 63,6 ± 9,1 anos) com estenose sintomática da artéria carótida e 18 voluntários saudáveis (todos homens; idade média de 63,7 ± 5,3 anos). Todos os participantes foram submetidos a exames oftalmológicos detalhados, incluindo d medição da espessura da coroide, usando tomografia de coerência óptica com imagem de profundidade aprimorada. Os pacientes também foram submetidos a medidas do fluxo sanguíneo das artérias ciliares posteriores, usando ultrassonografia com Doppler colorido, antes e após o implante do stent na artéria carótida. Resultados: Os pacientes não apresentaram sintomas isquêmicos oculares. O pico de velocidade sistólica e diastólica final aumentou para 10,1 ± 13,1 (p=0,005) e 3,9 ± 6,3 (p=0,064) cm/s, respectivamente, após o procedimento. As espessuras da coroide subfoveais foram significativamente mais finas nos pacientes com estenose da artéria carótida do que nos controles saudáveis (p=0,01). Porém, durante a primeira semana pós-procedimento, as espessuras das coroides subfoveais aumentaram significativamente (p=0,04). O pico de velocidade sistólica das artérias ciliares posteriores aumentou significativamente após o stent na artéria carótida (p=0,005). Encontramos uma correlação negativa significativa entre o aumento médio dos valores máximos de velocidade sistólica após o tratamento e a espessura da coroide subfoveal pré-procedimento média no grupo de estudo (p=0,025, r=-0,617). Conclusões: Em pacientes com estenose da artéria carótida, a coroide subfoveal é mais fina que a dos controles saudáveis. A espessura da coroide subfoveal aumenta após o stent na artéria carótida. O tratamento com stent na artéria carótida aumenta o fluxo sanguíneo para a artéria ciliar posterior, e a espessura coroidal subfoveal pré-procedimento pode ser um bom preditor da velocidade sistólica de pico pós-procedimento da artéria ciliar posterior.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Purposes: To evaluate changes in ocular blood flow and subfoveal choroidal thickness in patients with symptomatic carotid artery stenosis after carotid artery stenting. Methods: We included 15 men (mean age, 63.6 ± 9.1 years) with symptomatic carotid artery stenosis and 18 healthy volunteers (all men; mean age, 63.7 ± 5.3 years). All participants underwent detailed ophthalmologic examinations including choroidal thickness measurement using enhanced depth-imaging optic coherence tomography. The patients also underwent posterior ciliary artery blood flow measurements using color Doppler ultrasonography before and after carotid artery stenting. Results: Patients lacked ocular ischemic symptoms. Their peak systolic and end-diastolic velocities increased to 10.1 ± 13.1 (p=0.005) and 3.9 ± 6.3 (p=0.064) cm/s, respectively, after the procedure. Subfoveal choroidal thicknesses were significantly thinner in patients with carotid artery stenosis than those in the healthy controls (p=0.01). But during the first week post-procedure, the subfoveal choroidal thicknesses increased significantly (p=0.04). The peak systolic velocities of the posterior ciliary arteries increased significantly after carotid artery stenting (p=0.005). We found a significant negative correlation between the mean increase in peak systolic velocity values after treatment and the mean preprocedural subfoveal choroidal thickness in the study group (p=0.025, r=-0.617). Conclusions: In patients with carotid artery stenosis, the subfoveal choroid is thinner than that in healthy controls. The subfoveal choroidal thickness increases after carotid artery stenting. Carotid artery stenting treatment increases the blood flow to the posterior ciliary artery, and the preprocedural subfoveal choroidal thickness may be a good predictor of the postprocedural peak systolic velocity of the posterior ciliary artery.
  • Estrabismo complexo: um caso relacionado à hipoplasia do terceiro nervo craniano com apresentação clínica incomum Letters

    Tavares, Isabelle Luanna Gonçalves; Arruda, Fernanda Cruz Furtado; Simão, Maria Lúcia; Antunes-Foschini, Rosália

    Resumo em Português:

    RESUMO Os distúrbios de inervação craniana congênita en­globam um grupo de síndromes associadas a estrabismos complexos, que se apresentam como oftalmoplegia congênita e não progressiva e são frequentemente herdadas. Os defeitos dos genes estão associados a erros no desenvolvimento ou direcionamento axonal dos motoneurônios, e erros no direcionamento axonal para os músculos extraoculares. Este caso descreve o caso de um menino que apresenta estrabismo complexo secundário à hipoplasia do terceiro nervo craniano e inervação aberrante da pálpebra superior ipsilateral, bem como o resultado após a correção cirúrgica.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Congenital cranial dysinnervation disorders are a group of complex strabismus syndromes that present as congenital and non-progressive ophthalmoplegia. The genetic defects are associated with aberrant axonal targeting onto the motoneurons, development of motoneurons, and axonal targeting onto the extraocular muscles. We describe here the surgical management of a 16-year-old boy who presented with complex strabismus secondary to hypoplasia of the third cranial nerve and aberrant innervation of the upper ipsilateral eyelid.
  • Neuroma circunscrito solitário da conjuntiva: diagnóstico diferencial de neurofibroma obrigatório? Letters

    Kiyat, Pelin; Selver, Ozlem Barut; Akalin, Taner; Palamar, Melis

    Resumo em Português:

    RESUMO Um homem de 42 anos apresentou uma massa na conjuntiva palpebral inferior direita, próxima ao punctum, com evolução de 4 semanas. Uma biópsia excisional da lesão e o subsequente exame anatomopatológico revelaram que a massa era composta de células de Schwann com núcleos cônicos, croma­tina fina e nucléolos não visíveis. Ao exame imuno-histoquímico, as células fusiformes mostraram-se difusa e fortemente positivas para a proteína S100. A imunocoloração também foi positiva para neurofilamentos e evidenciou os axônios. Considerando esses achados, o tumor foi diagnosticado como um neuroma circunscrito solitário. Procedeu-se uma investigação completa para neoplasia endócrina múltipla tipo 2b, entretanto, estigmas característicos e história familiar não foram detectados. Assim, o diagnóstico foi firmado como neuroma circunscrito solitário, condição rara cujo diagnóstico diferencial baseia-se no exame anatomopatológico e na avaliação imuno-histoquímica. Já que esse tumor pode estar relacionado à neoplasia endócrina múltipla tipo 2b, torna-se essencial, nesses casos, a investigação da neoplasia de forma sistemática.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT A 42-year-old male presented with a 4-week history of a mass in the right inferior palpebral conjunctiva close to the punctum. An excisional biopsy of the lesion and histopathological examination revealed that the mass was composed of Schwann cells with thin conical nuclei, fine chromatin, and unnoticeable nucleoli. Immunohistochemically, the spindle cells were diffusely and strongly positive for S100 protein. Neurofilament immunostaining was also positive, which highlighted axons. In light of these findings, the tumor was diagnosed as solitary circumscribed neuroma. A comprehensive evaluation for multiple endocrine neoplasia type 2b was performed. However, no multiple endocrine neoplasia type 2b stigmata and no family history were detected. The diagnosis was therefore finalized as solitary circumscribed neuroma, which is considered as a rare condition. The differential diagnosis is based on the histopathological examination and immunohistochemical evaluation. As the tumor can be related with multiple endocrine neoplasia type 2b, it is essential to systematically investigate for multiple endocrine neoplasia type 2b in such cases.
  • Ceratoplastia endotelial com membrana de descemet para hidrópsia corneana aguda: relato de caso Letters

    Maranhão, Lucio V. L; Ramalho, Natália Regnis L; Pinto, Wanessa M. P; Dantas, Paulo Elias Correa; Ventura, Camila V

    Resumo em Português:

    RESUMO Trata-se de uma paciente do sexo feminino, de 45 anos, portadora de ceratocone, submetida a uma ceratoplastia endotelial com membrana Descemet após apresentar um quadro de perda de visão severa devido a uma hidrópsia corneana aguda no olho esquerdo. Inicialmente, a acuidade visual corrigida da paciente era de 20/80 no olho direito e de movimento de mãos no olho esquerdo. Após exame de biomicroscopia que detectou uma extensa rotura da membrana de Descemet e edema estromal, optamos por tratar esse caso com o ceratoplastia endotelial com membrana Descemet. Doze meses após o procedimento cirúrgico, percebeu-se uma melhora do edema corneano, não havia sinais de rejeição do botão óptico e a acuidade visual corrigida da paciente era de 20/50 no olho afetado.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Here, we describe the result of a Descemet’s membrane endothelial keratoplasty for acute corneal hydrops in a 45-year-old female with keratoconus, who presented with severe visual loss in her OS. The patient’s best-corrected visual acuity was 20/80 in the right eye and hand motion in the OS. Slit-lamp examination revealed an extensive tear of the Descemet’s membrane and stromal corneal edema in the OS. We opted for Descemet membrane endothelial keratoplasty. Twelve months postoperatively, the patient had a best-corrected visual acuity of 20/50 in the OS.
  • Aplicação de anel expansor de pupila pequena em formato de anel aberto para cirurgia de catarata em coloboma de íris: relato de caso Letters

    Canabrava, Sérgio; Lima, Ana Carolina Canêdo Domingos; Loyola, Ana Elisa

    Resumo em Português:

    RESUMO Neste relato, descrevemos um novo dispositivo expansor pupilar que foi usado obter adequada dilatação e centralização da pupila em um paciente com coloboma de íris. Especificamente, descrevemos um caso de cirurgia de facoemulsificação em um paciente com coloboma de íris associado à pupila pequena e que, previamente, tentou-se sem sucesso o uso do expansor Malyugin Ring, que provocou uma dilatação pupilar descentrada. Entretanto, com o uso do expansor de íris Canabrava Ring, a pupila permaneceu dilatada e centrada durante toda a cirurgia, permitindo a realização de um procedimento seguro.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT In this report, we describe a new pupil expander device that was used to obtain adequate pupil dilation and centering in a patient with an iris coloboma. Specifically, we describe the case of a patient with an iris coloboma; a Malyugin ring was inserted to facilitate dilation during phacoemulsifi­cation surgery. One of the scrolls did not engage which resulted in an uneven distribution of forces and an eccentric pupil. A Canabrava Ring was then implanted that promoted effective pupillary dilation and remained stable and effective throughout the surgical procedure.
  • A cegueira corneal na caverna de Platão: as forças para prevenir e reverter a opacidade da córnea. Parte I: epidemiologia e novos conceitos na fisiopatologia Review Article

    Barbosa, Amanda Pires; Alves, Monica; Furtado, João Marcello Fortes; Adriano, Leidiane; Nominato, Luis Fernando; Dias, Lara Cristina; Fantucci, Marina Zilio; Murashima, Adriana de Andrade Batista; Rocha, Eduardo Melani

    Resumo em Português:

    RESUMO O problema da deficiência visual e da cegueira corneal abrange o mundo todo e corresponde à quarta causa de cegueira e deficiência visual, com acometimento estimado de mais de 16 milhões de pessoas. A associação com várias doenças endêmicas, como cegueira infantil, trauma, ceratites infecciosas (incluindo herpes, hanseníase e fungos), hipovitaminose A, diabetes mellitus e outras causas de síndromes de olho seco, indicam que a verdadeira frequência é subestimada e que os diferentes mecanismos são pouco conhecidos. A baixa eficácia na prevenção e tratamento da cicatriz e deformidade da córnea permite antecipar que a prevalência da cegueira corneal irá crescer no futuro. As razões para o aumento da cegueira corneal envolvem fatores ambientais, limitações socioeconômicas para ampliar a assistência à saúde e a modesta eficiência das estratégias terapêuticas para resolver o problema em grande escala. O presente trabalho traz uma revisão crítica dos conceitos associados à cegueira corneal. Essa análise é uma etapa necessária para preparar o caminho com o objetivo de deixar a caverna que encarcera a cegueira corneal, em analogia ao mito de Platão, e melhorar as estratégias para prevenir e tratar a cegueira corneal em escala mundial.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT The burden of corneal blindness and visual deficiency can be felt worldwide. Its association with several endemic diseases such as childhood blindness, trauma, infectious keratitis (including variants caused by herpes, hanseniasis, and fungi), vitamin A deficiency, diabetes mellitus, and other dry eye syndromes reflects its poorly understood underlying mechanisms and suggests that the actual frequency of the disease is underestimated. The low effectiveness of preventive and therapeutic strategies against corneal scarring or deformity predicts a high frequency of patients with corneal blindness in the future. Corneal blindness is associated with environmental factors and socioeconomic limitations that restrain health assistance and maintain a modest efficiency of the current therapeutic strategies for resolving corneal diseases in large-scale programs. We present here a critical review of the concepts associated with corneal blindness that need to be considered when planning strategies to prevent and treat corneal blindness worldwide (to be able to leave Plato’s cave, where corneal blindness is encaged.
  • O Questionário NEI-VFQ25 é uma boa opção para avaliar a qualidade de vida de brasileiros portadores de catarata? Letters To The Editor

    Schaal, Luisa Fioravanti; Meneghim, Roberta Lilian de Sousa Fernandes; Rodrigues, Antonio Carlos Lotelli; Padovani, Carlos Roberto; Nunes, Hélio Rubens de Carvalho; Schellini, Silvana Artioli
  • Resposta ao editorial intitulado “Estratégia de saúde pública vs padrão ouro em oncologia ocular no Brasil” por Neto, RB Letters To The Editor

    Jorge, Rodrigo; Bordon, Priscilla Ballalai; Fulco, Enzo Augusto Medeiros; Ribeiro, Daniel; Ribeiro, Jefferson; Chahud, Fernando; Faraj, Rafaela Q. Caixeta; Campos, Christian M. C.; Almeida, Simone Ribeiro A.; Norat, Lucciano; Reis, Maristella Bergamo F. dos; Torres, Virginia; Correa, Zelia M.
  • Aparência de cápsula de disquete durante a facoemulsificação em manitol, olhos utilizados com glaucoma de fechamento angular Letters To The Editor

    Özcura, Fatih; Irgat, Saadet Gültekin
  • Dez anos após um surto de endoftalmite por Fusarium após cirurgia de catarata Letters To The Editor

    Alagöz, Neşe
  • Diferentes manifestações clínicas da esporotricose ocular no mesmo paciente: um alerta aos oftalmologistas de áreas não endêmicas Letters To The Editor

    Paiva, Alexandre de Carvalho Mendes; Biancardi, Ana Luiza; Curi, André Luiz Land
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