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Correlação entre o teste provocativo da ibopamina e a curva diurna de pressão intra-ocular em pacientes com glaucoma

OBJETIVO: Correlacionar o teste provocativo da ibopamina com a curva diurna de pressão intra-ocular (Pio máxima e flutuação da mesma) em pacientes com glaucoma. MÉTODOS: Estudo prospectivo incluindo pacientes com glaucoma provenientes do CEROF-UFG. Duas gotas de ibopamina a 2% foram instiladas em um ou ambos os olhos dos pacientes com intervalo de 5 minutos entre elas. A pressão intra-ocular foi checada antes, 30 e 45 minutos após a segunda gota de ibopamina. Após, a curva diurna de pressão intra-ocular foi realizada com 5 medidas independentes (a cada 2:30 horas) entre 8:00 e 18:00 horas. A correlação de Pearson foi utilizada para se testar a relação linear entre a pressão intra-ocular após o uso da ibopamina, a pressão intra-ocular máxima e a flutuação diurna da pressão intra-ocular. RESULTADOS: Trinta e um olhos de 22 pacientes foram incluídos. Notou-se correlação estatisticamente significativa entre a Pio 30 e 45 minutos após a instilação da ibopamina e a máxima pressão intra-ocular obtida na curva diurna (r=0,356, p=0,04 e r=0,429, p=0,01, respectivamente). Entretanto, não foi observada correlação positiva com a flutuação diurna da pressão intra-ocular aos 30 (r=0,046, p=0,8) e 45 minutos (r=0,109, p=0,5). CONCLUSÃO: O teste provocativo da ibopamina apresentou alta correlação com a pressão intra-ocular máxima na curva diurna em pacientes com glaucoma. Entretanto, não foi notado relação linear direta com a flutuação diurna da pressão intra-ocular.

Glaucoma; Soluções oftálmicas; Pressão intra-ocular; Agonistas de dopamina; Ritmo circadiano; Estudo comparativo


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