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Isquise miópica recorrente: resolução após remoção da membrana limitante interna

Relatamos caso de um homem de 66 anos, com antecedente de alta miopia, que referiu baixa de acuidade visual aguda no olho direito. O mapeamento de retina e o exame de tomografia de coerência óptica (OCT) mostraram discreta membrana epirretiniana (ERM) e isquise retiniana. Foi realizada vitrectomia via pars plana com injeção intravítrea de triancinolona, retirada da hialóide posterior, peeling da membrana epirretiniana e tamponamento com gás perfluorpropano (C3F8) a 12%. O paciente permaneceu assintomático por 17 meses, quando queixou-se de novo episódio de baixa de acuidade visual súbita no olho direito e o tomografia de coerência óptica mostrou recorrência da isquise miópica. Ele foi submetido a nova vitrectomia com peeling da membrana limitante interna (ILM). Após 6 meses, a acuidade visual corrigida era de 20/25. A tomografia de coerência óptica mostrou melhora importante da anatomia macular, com área de tração residual observada na arcada inferotemporal, que foi atribuída à rigidez do próprio vaso. A retirada da membrana limitante interna é uma manobra desafiadora em olhos alto míopes, mesmo estando corada. A resolução da isquise miópica pode ser atingida sem o peeling da membrana limitante interna, mas sua remoção deve ser considerada em casos de recorrência.

Cirurgia vitreorretiniana; Vitrectomia; Retinosquise; Tomografia de coerência óptica; Miopia/complicações; Miopia degenerativa; Membrana epirretiniana/ cirurgia; Humanos; Relatos de casos


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