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Ultraestrutura de placenta bovina durante todo o período gestacional

RESUMO

Foram utilizadas placentas de vacas abatidas em frigorífico com diversos tempos gestacionais. Fragmentos de placentomo de todos os grupos foram processados e avaliados em microscopia eletrônica de transmissão. Após análise dos fragmentos, observou-se que a placenta bovina é do tipo epiteliocorial no início da gestação, tornando-se sinepiteliocorial progressivamente a partir do início do segundo mês de gestação. Não existem evidências ultraestruturais de inflamação na região das carúnculas durante toda a gestação, apesar da invasão da lâmina própria caruncular por células trofoblásticas. No entanto, durante toda a gestação e em especial ao seu final, foram observados sinais evidentes de degeneração celular, tanto do trofoblasto como do epitélio uterino. As células trofoblásticas ativas fagocitam intensamente os debris celulares originados dessas degenerações. Existem complexas interdigitações entre a superfície do trofoblasto e do epitélio uterino, o que estaria relacionado com o aumento da superfície de troca entre mãe e feto. Ao final da gestação, praticamente desaparecem essas interdigitações, favorecendo o descolamento e a expulsão da placenta após o parto.

Palavras-chave:
placenta bovina; ultraestrutura; interação materno-fetal; cotilédone; carúnculas

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