RESUMO
Foram avaliadas amostras de sangue de 200 cadelas, divididas em seis grupos (diestro, mucometra, piometra), sendo o grupo piometra categorizado de acordo com a classificação ASA (American Society of Anesthesiologists), ou seja, de ASA II a V, totalizando seis grupos. O objetivo deste estudo foi analisar as proteínas de fase aguda (APP), os perfis hematológicos e bioquímicos séricos das cadelas do estudo, estabelecendo-se o diagnóstico diferencial e o prognóstico de acordo com o grupo. O método SDS-PAGE foi utilizado para fracionamento de proteínas. Foi feito hemograma completo com analisador hematológico automático e histograma, exames bioquímicos com espectrofotômetro semiautomático e medição das concentrações séricas de sódio e cálcio iônico pelo método de íons seletivos. Os resultados mostraram que cadelas com piometra categorizadas na classificação ASA II a V revelaram alterações bioquímicas entre os grupos de estudo, assim como as proteínas de fase aguda apresentaram variações de acordo com o envolvimento sistêmico, o grau de resposta inflamatória e a classificação ASA das cadelas com piometra, nas quais a ceruloplasmina (P=0,07) e a transferrina (P=0,07) não apresentaram significância estatística, mas apresentaram aumento em sua concentração conforme a evolução inflamatória, albumina (P<0,0001), IgGCP (P<0,0001 ), haptoglobina (P<0,0001), glicoproteína alfa ácida (P<0,0001), IgGCL (P<0,0001) e aquela identificada pelo seu peso atômico 23.000 Da (P=0,0031), o que possibilitou a avaliação da resposta de fase aguda e auxiliou na detecção precoce da resposta inflamatória sistêmica e na melhor orientação terapêutica para o paciente.
Palavras-chave:
cadela; inflamação; piometra; proteínas de fase aguda; útero