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[Detecção molecular de Rickettsia rickettsii, Ehrlichia canis e Rangelia vitalli em Rhipicephalus sanguineus sensu lato coletados de cães no Brasil]

RESUMO

Este estudo avaliou, por métodos moleculares, a presença dos principais agentes etiológicos de doenças caninas transmitidas por carrapatos que infestam cães domésticos de uma população hospitalar, em uma área negligenciada da zona sul da região metropolitana de São Paulo, caracterizada por uma extensa área urbana circundada e intercalada por remanescentes florestais de Mata Atlântica. Durante o ano de 2017, 106 espécimes de carrapatos - 71 adultos e 33 ninfas de Rhipicephalus sanguineus sensu lato (s.l.), e dois adultos de Amblyomma aureolatum - foram coletados de 41 cães atendidos em um Hospital Veterinário Universitário da cidade de São Paulo, Brasil. Por análises moleculares, 4,2% (3/71) de R. sanguineus s.l. adultos continham a bactéria Rickettsia rickettsii, 2,8% (2/71) continham a bactéria Ehrlichia canis e 4,2% (3/71) continham o protozoário Rangelia vitalii. Esses resultados indicam que cães domésticos da zona sul da região metropolitana de São Paulo podem estar expostos a três dos principais agentes carrapatos que afetam cães no Brasil, R. rickettsii, E. canis e R. vitalii. Além disso, os achados reforçam a circulação do patógeno humano R. rickettsii na área de estudo, em um provável ciclo enzoótico envolvendo cães e carrapatos R. sanguineus.

Palavras-chaves:
Rhipicephalus sanguineus sensu lato; Amblyomma aureolatum; cães; doenças transmitidas por carrapatos

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