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Morfologia e vascularização do corpo lúteo de catetos (Pecari tajacu, Linnaeus, 1758) ao longo do ciclo estral

Objetivou-se caracterizar as variações na morfologia e vascularização do corpo lúteo (CL) de catetos durante ciclo estral (CE) e correlacioná-las com a concentração de progesterona (P4). Vinte fêmeas de cateto foram submetidas a tratamento de sincronização do estro; no D0 receberam implante auricular contendo 1,5mg de norgestomet, no D9 injeção via IM de 200UI de eCG e 50µg de PGF2α. Os animais foram divididos em quatro grupos (G1, G2, G3 e G4) e eutanasiados nos dias três, 12, 18 e 22 pós-ovulação. Os ovários foram coletados e os CL foram mensurados e processados para avaliação histológica e da densidade vascular (Dv). O sangue foi coletado para dosagem da P4 sérica. A morfologia dos ovários, CL e a concentração de P4 variaram significativamente durante o CE (P<0,001). Houve correlação significativa entre peso e comprimento dos ovários e CL (r = 0,66, r = 0,52, P<0,05, respectivamente) e entre peso, comprimento e largura do CL e a concentração de P4 (r=0,51, r=0,54 e r=0,68; P<0,05, respectivamente). A Dv do CL se mostrou muito influenciada pela fase do CE (P<0,001) e apresentou alta correlação significativa (P< 0,001). No G2 os maiores valores de P4 e Dv confirmaram máxima atividade secretória do CL nesse estádio. Os parâmetros luteínicos avaliados podem ser usados para estimar a fase do ciclo estral em catetos e a atividade funcional do CL.

cateto; corpo lúteo; ciclo estral; progesterona; densidade vascular


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