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Polimorfismo do promotor do gene da leptina está associado ao aumento de leptina plasmática e IMC em mulheres brasileiras

Variantes no gene da leptina (LEP) foram implicados na patogênese da obesidade. A relação entre o polimorfismo LEP G-2548A e as características relacionadas com a obesidade foram avaliadas em mulheres brasileiras (n = 228), que foram selecionadas randomicamente de dois centros de pesquisa clínica na cidade de São Paulo. As amostras de sangue foram coletadas para extração de DNA e determinações de leptina plasmática e lipídeos séricos. Os genótipos do LEP G-2548A foram identificados pela estratégia de PCR-RFLP, empregando a endonuclease Alw44I. O polimorfismo LEP G-2548A foi associado com obesidade, após ajuste para as covariáveis: idade, hipertensão, doença arterial coronariana, tabagismo e atividade física. Mulheres com alelo G tiveram quatro vezes maior risco de obesidade que as portadoras do alelo A (OR: 4,11, CI95%: 1,06-15,90; p = 0,041). O alelo G também foi relacionado com leptina plasmática (p = 0,024) e o índice de massa corporal (p = 0,027) aumentado. A hipertensão, a hiperglicemia, a dislipidemia e a doença arterial coronariana foram associadas com obesidade. Entretanto, o polimorfismo LEP G-2548A não foi relacionado com essas variáveis. Os resultados deste estudo são sugestivos de que o polimorfismo LEP G-2548A tem papel importante na regulação da leptina plasmática e no índice de massa corporal em mulheres.

Leptina; Polimorfismo genético; Índice de massa corporal; Obesidade; PCR-RFLP


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