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Cardiomiotomia com fundoplicatura videolaparoscópica no tratamento do megaesôfago não avançado

RACIONAL: O megaesôfago chagásico é disfunção da motilidade esofágica de caráter progressivo. Seus principais sintomas são disfagia, regurgitação e perda de peso. A cardiomiotomia associada à fundoplicatura é usada como tratamento para o megaesôfago não avançado há algumas décadas. OBJETIVO: Avaliar os resultados obtidos com a cardiomiotomia associada à fundoplicatura por videolaparoscopia para o tratamento do megaesôfago não avançado. MÉTODO: Estudo retrospectivo com análise dos resultados obtidos com essa operação para tratamento do megaesôfago graus I e II. Avaliou-se perda ponderal, tempo e intensidade dos sintomas, tempo operatório, taxa de conversão, índice de complicações, tempo de internação. RESULTADOS: Foram operados 68 pacientes, sendo 34 homens. A maioria (42%) apresentava sintomas intensos. O tempo médio de sintomas foi de 9,27 anos. A perda ponderal média foi de 5,1 kg. Sorologia para Chagas foi positiva em 88,13%. O tempo médio de operação foi de 190 minutos. Houve uma conversão para laparotomia. A mediana do tempo de internação foi de três dias. A taxa de complicações foi de 4,4%. A melhora dos sintomas foi observada em 92% dos pacientes. CONCLUSÃO: O tratamento videolaparoscópico do megaesôfago não-avançado pela cadiomiotomia associada à fundoplicatura mostrou-se método seguro e eficaz. Apresenta baixo índice de complicações e bons resultados no seguimento a curto prazo.

Esôfago; Acalasia esofágica; Cardiomiopatia chagásica; Fundoplicatura


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