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Ingestão alimentar em pacientes com doença inflamatória intestinal

RACIONAL: Pacientes com doença inflamatória intestinal podem apresentar deficiências nutricionais. OBJETIVO: Verificar a adequação da ingestão alimentar de pacientes com doença de Crohn e retocolite ulcerativa inespecífica. MÉTODOS: Para avaliação da ingestão alimentar de 55 pacientes, 28 com doença de Crohn e 27 com retocolite ulcerativa atendidos em ambulatório de gastroenterologia, utilizou-se o Recordatório Alimentar de 24 Horas e o Questionário de Frequência Alimentar. A atividade inflamatória da doença foi avaliada pelos níveis séricos de proteína C reativa e o Índice de Harvey e Bradshaw. Para comparação de médias foi usado o teste t não pareado e, para as médias não paramétricas, o teste de Mann-Whitney, considerando nível de significância valor de p<0,05. RESULTADOS: Os pacientes tinham idade entre 19 e 63 anos e tempo de diagnóstico de 7,9 anos (1 a 22). De acordo com a ingestão alimentar identificou-se deficiência na ingestão de energia, fibras, ferro, potássio, sódio, magnésio, cálcio, menadiona, riboflavina, niacina, folato, ácido pantotênico, tocoferol e colecalciferol na doença de Crohn e na retocolite ulcerativa em atividade ou em remissão. A ingestão de legumes, frutas, laticínios e feijão foi baixa, e a de doces e gorduras foi maior que as recomendações. CONCLUSÃO: Houve deficiência na ingestão alimentar tanto na doença de Crohn como na retocolite ulcerativa, em atividade e em remissão. Essas deficiências podem afetar negativamente o curso da doença e justificam a necessidade de intervenção nutricional com esses pacientes.

Doença de Crohn; Proctolite; Ingestão de alimentos


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