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Freqüência da hipertensão arterial na doença de Chagas crônica: estudo clínico retrospectivo

OBJETIVO: Verificar a freqüência da hipertensão arterial sistêmica em chagásicos e seu comportamento clínico e os achados cardiológicos. MÉTODOS: Estudo retrospectivo em 225 portadores de doença chagásica crônica e hipertensão arterial sistêmica (104 homens), idade média de 55,1±11,8 anos, acompanhados em ambulatório entre os anos de 1984 e 2000, avaliado do ponto de vista clínico, eletrocardiográfico e radiológico. RESULTADOS: Nos 225 hipertensos (prevalência = 33,3%) a hipertensão arterial sistêmica leve ocorreu em 78 casos (34,7%), a moderada em 108 (48%) e a grave em 39 (17,3%). A associação do bloqueio divisional ântero-superior do ramo esquerdo do feixe de His com o bloqueio do ramo direito do feixe de His ocorreu em 39 casos (17,3%) e observou-se aumento da área cardíaca ao exame radiológico de 93 casos (44,9%) dos seus 207 estudados. A forma indeterminada da doença de Chagas foi a mais prevalente, 30,2% dos casos, seguida da forma dromopática associada em 27,1%, e dromopática isolada em 21,3%. CONCLUSÃO: Os chagásicos apresentaram freqüência de hipertensão arterial sistêmica semelhante a população geral e o perfil clínico dos chagásicos hipertensos parece não diferir muito do perfil dos chagásicos.

doença de Chagas; hipertensão arterial


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