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Estimativa de Produtividade Perdida Atribuída a Doenças Cardiovasculares na América do Sul

Resumo

Fundamento:

As doenças cardiovasculares (DCV) têm ônus sanitário e econômico significativos. Na América do Sul (AS), a perda de produtividade relacionada a estas enfermidades ainda não foi bem explorada.

Objetivo:

Estimar os anos de vida produtiva perdidos (AVPP) e a perda de produtividade relacionados a mortalidade prematura associada as DCV na AS, em 2019.

Métodos:

Empregou-se dados de mortalidade disponíveis no Global Burden of Disease Study 2019 na estimativa da carga de doença atribuível a DCV. Para os cálculos monetários da perda da produtividade usou-se uma proxy da abordagem de capital humano. Estratificou-se por sexo, nas faixas etárias de trabalho.

Resultados:

O número total de mortes por DCV na AS no ano de 2019 foi de 754.324 e os AVPP foram 2.040.973. A perda permanente de produtividade total foi de aproximadamente US$ 3,7 bilhões e US$ 7,8 bilhões em paridade do poder de compra, equivalente a 0,11% do produto interno bruto. O custo por morte foi de US$ 22.904, e a razão desse custo por óbito, entre homens e mulheres foi 1,45. A variação dos cenários aponta robustez nas estimativas, mesmo com diferenças importantes entre os países.

Conclusões:

As DCV impõem um ônus econômico significativo a este bloco de países. A caracterização deste fardo pode amparar os governos na alocação de recursos destinados ao planejamento e execução de políticas e intervenções sanitárias, sejam de promoção, prevenção ou recuperação.

Palavras-chave:
Efeitos Psicossociais da Doença; Doenças Cardiovasculares; Anos de Vida Ajustados pela Incapacidade; América do Sul

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