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Campo rupestre recém-queimado na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil: plantas de rebrota e sementes, com espécies endêmicas na rocha

Recently burnt 'campo rupestre' in the Chapada Diamantina, Bahia, Brazil: resprouters and seeders, with endemic rock species

O fogo é um distúrbio recorrente em muitas áreas da Chapada Diamantina, geralmente originado por ação antrópica e que ocasiona rápidas mudanças nas comunidades. Este trabalho objetiva conhecer a composição e estrutura da vegetação de uma área de campo rupestre recém-queimada no Parque Nacional da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil, situada entre 700 e 800 m acima do nível do mar, visando discussão das estratégias de regeneração das espécies mais conspícuas e das similaridades florísticas entre áreas com e sem distúrbio recente de fogo. Foi realizado um censo das espécies de plantas vasculares ocorrentes em 16 parcelas de 10x10 m, sendo as coberturas estimadas em cinco subparcelas de 2x2 m de cada parcela. Foram encontradas 85 espécies de 34 famílias, sendo 11 de monocotiledôneas, 22 de eudicotiledôneas e uma de monilófita. A espécie mais abundante foi Panicum trinii Kunth (Poaceae) e a mais frequente Periandra mediterranea (Vell.) Taub. (Fabaceae). O índice de Shannon foi 3,4. A área estudada agrupou-se com a área de afloramento rochoso em altitude menos elevada (38% de similaridade). É possível que o fogo seja mais frequente nessas áreas menos isoladas, em relação às dos topos de morros. As espécies dominantes se restabeleceram principalmente a partir de gemas de sistemas subterrâneos e aéreos. Uma das espécies mais frequentes, Dactylaena microphylla Eichler, estabeceu-se de sementes. Espécies endêmicas sensíveis à ação do fogo sobrevivem em ilhas de vegetação nos afloramentos rochosos.

distúrbio; diversidade; estrutura; florística e fogo


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