Este trabalho apresenta análises gravimétricas e morfológicas com base nos dados de satélites de EGM2008 e TOPEX para a área do maciço do manto oceânico da cadeia peridotítica de São Pedro e São Paulo, Oceano Atlântico Equatorial. A anomalia ar-livre indica que o contato atual das placas não se situa ao longo da graben longitudinal que se cruza com a cadeia peridotítica, mas em cerca de 20 km ao norte dessa. A alta anomalia Bouguer da cadeia peridotítica sugere que o maciço é constituído principalmente por rochas ultramáficas não serpentinizadas. A ausência de compensação isostática e o baixo grau de serpentinização das rochas ultramáficas indicam que a cadeia peridotítica é sustentada principalmente pelo soerguimento tectônico ativo. A relação não paralela entre a falha transformante e o movimento relativo das placas gera a compressão quase norte-sul e o consequente soerguimento tectônico. Neste sentido, o maciço peridotítico é uma cadeia de pressão devido ao deslocamento lateral da Falha Transformante de São Paulo.
exumação do manto; cadeia peridotítica de São Pedro e São Paulo; gravimetria de satélite; serpentinização; geomorfologia submarina